Líder da facção criminosa baiana Bonde do
Maluco (BDM), José Francisco Lumes, o Zé de Lessa, comandou do Uruguai o bando
que no domingo (25) assaltou a central de distribuição do Banco do Brasil - SERET (Serviços
Regionais de Tesouraria), em Bacabal.
Preso em 2001, ele chegou a cumprir metade da pena de mais
de 28 anos de prisão por tráfico de drogas e homicídios, e em 17 de abril de
2014 foi beneficiado com a prisão domiciliar para tratar da saúde – precisava
operar punhos e cotovelos.
Ao sair, foi morar na cidade de Coronel Sapucaia, no Mato Grosso
do Sul, divisa com o Paraguai, de onde começou a enviar carregamentos de drogas
para abastecer sua quadrilha na Bahia.
Zé de Lessa lidera um dos cinco grupos criminosos mais atuantes
no estado. O BDM, considerado pela polícia como o mais violento, surgiu em 2015
no pavilhão V do Presídio Salvador, no Complexo Penitenciário da Mata Escura.
O grupo nasceu como ramificação da facção Caveira, comandada por
Genilson Lima da Silva, o Perna, atualmente preso no Presídio Federal de
Catanduvas, no Paraná.
Zé de Lessa, que iniciou sua carreira no crime como assaltante
de banco, já foi alvo de diversas operações para prendê-lo. Uma delas, a
Operação Sapucaia, realizada em abril de 2016 pela Polícia Federal na Bahia e
no Mato Grosso do Sul.
O bandido é apontado pela polícia como o maior distribuidor de
drogas da capital e do interior da Bahia, com especialidade em assalto a bancos
e a carros-fortes. O dinheiro dos assaltos é usado para capitalizar a quadrilha
na compra de armas e mais drogas.
Um dos três criminosos mortos durante o assalto em Bacabal é Edielson Francisco Lumes, irmão de Zé
de Lessa. Ele, segundo a polícia, tinha a função de subchefe do grupo e
repassava as ordens de Zé de Lessa à quadrilha, composta por entre 30 a 35
homens. Os outros mortos são o paraense Warley dos Reis Souza, o ‘Bombado’, e
Gean Martins Rocha, do Tocantins.