No início
da noite do dia 3 de julho desse ano, o presidente da Câmara de Vereadores,
Edvan Brandão (PSC), assumia interinamente o comando do poder executivo bacabalense
por determinação da Justiça Eleitoral. Desde então, já se passaram dois meses
e, logo de início, mesmo tendo ele todas as prerrogativas de prefeito, ficou
evidente que não teria total autonomia para tomar as decisões importantes que o
cargo requer.
Aliado ao
grupo do senador João Alberto (MDB), Edvan Brandão passou a viver uma espécie de
reality show, onde absolutamente todos os seus passos são vigiados de perto e
24 horas.
Nas
primeiras semanas de gestão era praticamente impossível desassocia-lo da imagem
de Roberto Costa (MDB). O deputado estadual emedebista, que abriu mão da
candidatura a prefeito para concorrer à reeleição, procurou todos os meios para
chamar a atenção para si, fazendo as vezes de gestor, seja indicando boa parte do
secretariado, seja tomando à frente nos eventos organizados pela prefeitura.
Tal
situação foi bastante criticada pela população que, então, passou a ver em
Edvan a figura de Jocimar Alves - 1993 a 1996 - que se sujeitou a receber ordens e, por fim, morreu levando consigo o estigma de prefeito
manobrado e impopular.
Reação
Diante da
forte repercussão negativa e orientado por correligionários o atual gestor
chegou a demonstrar vontade de mudar de comportamento e adotar uma postura mais
independente, entretanto, pisou no freio antes mesmo de, efetivamente, colocar
a ideia em prática.
Até hoje Roberto
Costa continua dando as cartas e Edvan correndo sérios riscos de não permanecer
na cadeira de prefeito, já que seus adversários, concorrentes ao cargo na eleição suplementar, estão ganhando bastante fôlego, a exemplo de César Brito (PPS).