Qualidade da água oferecida pelo SAAE aos moradores do centro e bairros de Bacabal. |
Hoje Edvan Brandão é
prefeito (pelo menos de direito) e na proporção que os dias se passam ele eleva
o próprio patrimônio adquirindo bens móveis e imóveis. A quantidade de fazendas
é incerta porque quase todas estão em nomes de laranjas, como a que ele comprou
de um irmão do ex-prefeito José Alberto Veloso, no povoado Sobradinho, região
da baixada bacabalense. O ex-deputado federal Alberto Filho foi quem intermediou
o negócio com valor acima de R$ 1 milhão.
Negociar com altos volumes de dinheiro tem sido rotina na vida do prefeito de Bacabal.
Recentemente ele fez
crescer seu rebanho comprando centenas de cabeças de gado do empresário e
agiota Josival Cavalcante da Silva, conhecido como Pacovan, preso em 2015, na "El
Berite",
por utilizar
empresas em nomes de terceiros para se favorecer com negócios em diversas atividades
nas prefeituras. Na época
também foram presos políticos e ex-funcionários da Prefeitura de Bacabal.
Vida de gado
Edvan é zeloso e cuida do seu patrimônio com afinco, diferente do que faz com o município ao qual foi eleito para administrar e, que, no entanto, deixou nas mãos dos outros.
Seus bois são sempre muito
bem tratados, comem do melhor pasto e bebem água pura, elemento fundamental para todos os
seres vivos,
mas tem sido bastante raro nas torneiras das casas da maioria dos moradores
bacabalenses, isso apesar do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), autarquia
do município, ser uma das empresas que mais arrecadam.
O vultoso montante que mês após mês entra nos
cofres do SAAE, ao que tudo indica, não é aplicado em sua totalidade na própria
autarquia. Há alguns dias moradores do centro da cidade onde, apesar de precário o abastecimento ainda existia, ficaram sem uma gota d’água para tomar banho e fazer outras necessidades.
O fato se deu por conta do corte no
fornecimento de energia do setor de atendimento
aos usuários, do Sistema de Distribuição de Água Tratada - que conta com um reservatório com capacidade para 227 mil litros -, e da Estação de Tratamento de Água (ETA), que funcionam em um mesmo local, na rua Teixeira de Freitas.
Diante da calamidade e dos protestos dos moradores a direção do SAAE
composta por pessoas da mais alta confiança do deputado estadual Roberto Costa
(MDB), ao invés de quitar as parcelas em atraso, recorreu à Justiça que determinou,
em caráter liminar, que a Companhia Energética do Maranhão (Cemar) procedesse o
religamento. Isso implica dizer que os moradores do centro podem a qualquer momento
ficarem novamente sem a água, mesmo que suja, mas, que, ajuda a aliviar o calor
durante um banho, lavar roupas e louças por exemplo.
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