A Polícia Militar do Maranhão continua nas
buscas ao restante do bando criminoso que invadiu e aterrorizou Bacabal na noite
de domingo (25) quando assaltou uma central de
distribuição do Banco do Brasil nos
fundos da agência da rua Magalhães de Almeida.
Na ação três bandidos foram mortos e outros
dois suspeitos detidos. Nenhum policial ficou ferido.
A sociedade, apesar do pavor que passou
durante horas por conta do som de rajadas de fuzis que ecoou pelos quatro cantos
da cidade e de pessoas feitas reféns, também praticamente não sofreu baixa. A
única morte de civil que ocorreu foi a do jovem Cleonir Borges Araújo,
de 24 anos, que desobedeceu as orientações da Polícia Militar para se afastar
da área do confronto e acabou abatido pelos criminosos.
No mais, a briosa Polícia Militar conseguiu com
sucesso cumprir sua missão de proteger a sociedade sem sofrer baixas na
corporação que, além da tropa do 15º BPM, contou com reforços de municípios da
região.
“Vamos buscar um por um, como já fizemos em
100% dos casos de roubo a banco. Somos o Estado que tem 300 assaltantes de
banco presos e 100% dos casos elucidados com prisões ou neutralizações de
bandidos”, diz o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela.
O bando tinha dezenas de integrantes que na fuga tomaram rumos diferentes. Nas redes sociais internautas proliferam informações desencontradas sobre o paradeiro dos criminosos e acabam, por consequência, atrapalhando o trabalha da polícia e também causando pânico na população de outras cidades.
A orientação é para que até a própria imprensa tenha cautela na divulgação dessas informações.
Pronta reação
Os criminosos atacaram a Delegacia Regional, na margem da rodovia BR-316, e o quartel do 15º BPM, na estrada da Bela Vista. Também fizeram pelo menos dois pontos de bloqueio na
cidade para tentar impedir a ação da polícia. Mas os policiais reagiram
prontamente.
“De imediato todos nós, a noite toda, acompanhamos nossos policiais, que
são homens que praticaram atos de bravura”, diz Jefferson.
“Os policiais partiram para cima, neutralizaram definitivamente três
criminosos e isso deu um recado claro para eles. Viram que a força letal também
estava sendo usada contra eles. Por isso essa fuga estabanada deles para todos
os lados”, acrescenta o secretário.
Busca pelos fugitivos
Cerca de 300 policiais estão participando da operação de busca pelos
fugitivos. A ação inclui buscas por meio de helicóptero.
“Informo que a polícia adotou todas as providências cabíveis, inclusive
com deslocamento de efetivo de cidades vizinhas. O comandante-geral da PM está
na região”, disse o governador Flávio Dino em sua conta no Twitter.
De acordo com Portela, há informações de que veículos dos suspeitos
passaram em fuga por cidades da região. Os batalhões da região estão
interceptando e buscando esses suspeitos.
O secretário Jefferson Portela acrescenta que “a ordem aqui no Estado do
Maranhão, em nome da lei, é usar a força para defender o cidadão. Iremos buscar
todos eles estejam em qualquer lugar do planeta Terra”.
Outras prisões
No total, foram presas oito pessoas: os dois suspeitos de envolvimento
com o bando, sendo que um estava recolhendo o dinheiro deixado no chão do local
do roubo; e mais seis pessoas pegando o dinheiro deixado no chão após o
assalto.
“Tentaram se aproveitar de uma situação de crise, criando mais problema
para a polícia, que já tinha que combater os próprios assaltantes”, conta
Portela.
“Nessa condição, foi preso um soldado da PM do Piauí, armado no local.
Ele será investigado profundamente para saber se só praticou esse ato de querer
levar vantagem ou se ele fez algum trabalho prévio de cobertura para a
quadrilha”, explica Portela.
Novo cangaço
Dos três suspeitos mortos no confronto, um é de Tocantins, um é da Bahia
e um é do Maranhão. O baiano era irmão do maior chefe de quadrilha de
criminosos violentos da Bahia.
“Portanto, são bandidos da Bahia associados a bandidos do Tocantins e a
bandidos daqui para praticar essas ações. É uma modalidade conhecida como novo
cangaço, que usa extrema violência e busca matar policiais. Não vamos permitir
isso aqui no Estado do Maranhão; e isso custará muito caro para eles”, afirma Jefferson
Portela.