O delegado
Luciano Bastos, da Superintendência Estadual de Investigações Criminais,
disse que os dez carros incendiados, assim como dois utilizados pelos
criminosos durante o assalto a central de distribuição do Banco do Brasil, e
que estão recolhidos ao pátio da 16º Delegacia Regional de Bacabal, serão
periciados nesta sexta-feira (30).
Segundo ele, já foi possível saber, por exemplo, que um Audi,
provavelmente roubado, utiliza emplacamento clonado de um veículo de São Paulo.
Quanto aos veículos
inutilizados, os proprietários podem comparecer na delegacia para tratar das
questões pertinentes às respectivas seguradoras.
Caminhões
O delegado citou ainda
os dois caminhões, um boiadeiro que os criminosos fugiram levando parte do
dinheiro e armamento, e o baú achado incendiado em uma estrada vicinal.
Suposta morte
Luciano
Bastos revelou a
possibilidade de um bandido - alvejado durante a troca de tiros com os
policiais militares em frente ao quartel do 15º BPM e que conseguiu se evadir
com o restante do bando - tenha morrido durante a fuga. Vestígios do sangue dele
foram deixados em um dos veículos apreendidos e, se necessário, serão confrontados
com o do corpo que porventura apareça.
Em relação
as armas usadas pelos três bandidos mortos, o delegado esclareceu que foram
levadas pelos comparsas.
Refém
O caminhoneiro Obadias Pereira da Silva, de 44 anos de idade, que conduziu o caminhão baú achado incendiado, é o único refém desaparecido.
A polícia acredita que ele ainda esteja em poder do bando. O caso repercute bastante na imprensa pernambucana, sobretudo de Recife onde a família dele mora.
“Ele é o único refém que não apareceu.
Provavelmente ele saiu do seu veículo e dirigiu o outro caminhão usado pelos
criminosos para fugir. Se ele tivesse morrido, o corpo já teria sido achado.
Tudo indica que ele ainda está sendo feito refém”, disse o delegado.
Família
angustiada
Antes
de desaparecer, Obadias enviou um áudio aos parentes, que moram no Ibura, Zona
Sul do Recife, informando sobre a ação criminosa. “Neste momento, eu
estou aqui como refém, aqui na estrada. Estão explodindo banco e eu estou na
BR. Só Deus aqui. É tanto tiro e eu estou aqui como refém”.
O site Jornal do Commercio é um dos que vêm dando ampla cobertura ao caso e nesta quinta-feira (29) publicou informações sobre a angústia vivida pela esposa, filhas e demais familiares do caminhoneiro. Leia abaixo.
Sem
notícias do caminhoneiro, a família se angustia. "Meu pai estava passando
pela cidade quando o bandido o assaltou para transportar o dinheiro roubado no
Banco do Brasil. Ele mandou o áudio no domingo, por volta das 22h30”, disse
Danielly Alves, filha do caminhoneiro. Segundo ela, o pai é uma pessoa muito
calma.
O
caso está sendo investigado e quem tiver informações sobre o paradeiro de
Obadias pode entrar em contato com a Polícia Civil ou com a família dele pelo
número (81) 98682-0460 (falar com Danielly) ou (81) 99754-9720 (falar com
Eliude).
Fake News
Nesta
quinta-feira (29) fotos de um homem foram espalhadas em grupos de WhasApp como
sendo do caminhoneiro desaparecido, porém, a família garante que não se trata
de Obadias.