É notório que as
eleições desse ano acirraram como nunca a disputa entre aqueles que coadunam
com a oligarquia Sarney e os que almejam um estado mais independente, livre de
amarras e onde todos tenham vez e voz, como passou a acontecer durante o
primeiro mandato do governador Flávio Dino (PCdoB) e, certamente, continuará
por mais quatro anos.
Essa divisão ideológica
entre essas duas correntes da política maranhense também foi notada na disputa
particular entre Carlinhos Florêncio, companheiro de partido e aliado do
governador, e Roberto Costa, cria do senador João Alberto e apadrinhado do clã
Sarney.
Os dois, apesar
de conseguirem renovar seus mandatos na Assembleia Legislativa, tiveram
desempenho muito diferente nas urnas.
Carlinhos que na
eleição anterior obteve 42.032 votos, registrou um crescimento considerável,
ultrapassando a marca dos 50 mil agora esse ano.
Já Roberto, mesmo
fazendo uso da máquina pública, no caso a Prefeitura de Bacabal de onde é, de
fato, o verdadeiro gestor, teve uma queda vertiginosa em sua votação. Foram
exatos 22.355 votos a menos. (Veja gráfico acima).
Diferença que
talvez tenha ocorrido em função da frustração de suas expectativas em Bacabal.
Eleição suplementar
Essa onda de repulsa à oligarquia Sarney também se reflete na eleição que escolherá os novos prefeito e vice-prefeito de Bacabal. O gestor interino Edvan Brandão (PSC) que se decepcionou com a votação dada a Roseana (MDB) no município agora teme ser arrastado pela enxurrada que praticamente dizimou o Clã Sarney.
A preocupação dele tem o governador como principal motivo.
Flávio Dino não só virá intensificar seu apoio a César Brito (PPS) como assumirá a coordenação geral da campanha.
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