Nos últimos tempos, mais do que nunca, a classe política
brasileira está sem credibilidade perante a população que assiste diariamente
um escândalo atrás do outro sendo descoberto e levando para a cadeia figurões.
São políticos influentes e empresários, alguns bilionários que jamais
imaginaram serem alcançados pelas mãos da justiça.
No meio de tudo isso também há os que se
aproveitam da crise moral que se abateu sobre a nação para tirar proveitos
políticos e tentar macular desafetos e outras autoridades. Trazendo para as questões
políticas locais, podemos citar como um bom exemplo o deputado estadual Roberto
Costa (PMDB), candidato derrotado na última eleição para prefeito de Bacabal.
Desde que sofreu esse revés, Roberto tem
insistido em não aceitar o resultado das urnas. Sendo parlamentar, seria natural que
cobrasse ações públicas voltadas para o bem comum da população e, também,
destinasse emendas que contribuíssem para esses benefícios, mas nada isso tem
sido feito.
Roberto Costa tem preferido adotar a via
dos ataques pessoais e das ofensas, seja da tribuna da Assembleia Legislativa ou
através da emissora de TV que comanda em Bacabal. Nos dois casos ele tem feito
fortes acusações contra a administração pública municipal e aos seus principais
integrantes, nenhuma delas comprovada.
Além do prefeito Zé Vieira (PP), seus
principais alvos têm sido a primeira-dama Patrícia Vieira, o vice-prefeito
Florêncio Neto (PHS) e secretários.
O mais recente ataque ocorreu nesta
quarta-feira (12), quando, da tribuna da Assembleia Legislativa, ele denunciou -
sem mostrar absolutamente nenhuma prova, baseando-se
só em suposições - haver irregularidades na administração municipal. O
deputado se referiu à licitação feita, no entendimento dele, para a aquisição
de 60 carros, quando na verdade não é nisso.
Os documentos abaixo comprovam que foi
firmado contrato de aluguel de apenas 8 picapes para servir parte da
secretarias municipais, já que a frota própria da Prefeitura de Bacabal se
resume a mesma quantidade de
veículos, portanto,são apenas 16 para suprir a enorme demanda de toda a
administração, ou seja, longe do número exorbitante que Roberto Costa citou em
sua denúncia, que seriam 60 veículos.
Outra atitude de má-fé feita com estardalhaço pelo deputado
foi quanto ao valor do aluguel de cada veículo, pois, enquanto outros
municípios maranhenses que firmaram contrato semelhante desembolsam, em média,
R$ 11.400,00 (onze mil e quatrocentos reais), Bacabal paga valor abaixo do
preço de mercado.
Mesmo parecendo que essa incoerência do
deputado foi proposital e com o intuito de confundir a cabeça da opinião
pública, técnicos do setor contábil do município preferem acreditar se tratar de uma gafe pelo fato do
parlamentar não conhecer como funciona o sistema. Um contabilista ouvido pelo
blog, chegou ao seguinte entendimento: “O nobre deputado ou alguém que lhe
assessora deve ter se confundido ao
somar o número real de veículos, que são 8, com a previsão dos valores que
serão pagos durante os 11 meses da vigência do contrato. Pois não quero crer
que Roberto [Costa] tenha tamanha malícia para querer confundir as pessoas”,
ponderou.
O comentário do contabilista acima condiz com a coerência do
título da postagem sobre o caso publicada no site oficial da Assembleia
Legislativa do Maranhão. Nele, a jornalista que assina o texto, Nice Moraes, da
Agência Assembleia, escreveu: “Roberto Costa denuncia supostos desmandos na Prefeitura Municipal de
Bacabal”, numa clara demonstração que ninguém está
levando muito a sério a “dor de cotovelo” do candidato derrotado.
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