O cantor Arlindo Cruz está internado
desde a última sexta- feira (17) depois que sofreu um AVC. Desde então tem circulado na internet notícias
de que o cantor teria morrido. O filho do cantor, Arlindinho Cruz, usou seu
Instagram para pedir mais respeito. Ele postou uma imagem onde diz que o quadro
de saúde do pai é estável e um vídeo explicando a situação do pai. "Mais
respeito, especialmente com a minha Vó , que deve tá atordoada com tanta
notícia idiota!", escreveu.
Arlindo Cruz passou mal em sua casa na
noite de sexta. Através de exame de tomografia computadorizada cerebral a
equipe medica diagnosticou um AVC hemorrágico. O cantor está internado no Rio
de Janeiro. Ele foi operado no sábado (18) para instalação de um cateter
cerebral para monitorar sua pressão intracraniana.
Alguns familiares e pessoas próximas ao
desembargador Dr. Guerreiro Júnior, por exemplo, também se assustaram com a
informação que circulou no Whatsapp, na manhã desta quarta-feira (29), dando
conta de sua morte.
Como se trata de pessoa bastante querida
em meio aos bacabalenses, o Blog do Sérgio Matias imediatamente manteve contato
com a empresária Giselle Velloso que, por coincidência, havia acabado de
conversar com ele por telefone.
O próprio desembargador, que participava
da sessão do Tribunal de Justiça do Maranhão, ao saber do boato fez questão de
anunciar pelo microfone: “Estou mais vivo do que nunca!”.
Recentemente
essa rede de boatos foi tema de uma publicação no portal do Jornal Extra, onde,
o delegado Alessandro Thiers, deixou claro que tudo o que acontece na web deixa
rastro e pode ter a autoria identificada. “Repassar uma mentira sobre alguém
é um crime. Dessa forma, na teoria, tanto quem iniciou quanto quem compartilhou
pode ser punido. Quem se sentir lesado deve procurar a delegacia mais próxima”,
disse.
Ainda que
cercado de boas intenções, o gesto de compartilhar boatos web afora pode ter
desdobramentos trágicos. Em maio, a foto de uma suposta sequestradora de
crianças correu celulares de Guarujá, em São Paulo. Reconhecida na rua, a
mulher acabou brutalmente agredida por uma multidão furiosa, que a matou sem
chances de defesa. A vítima, porém, era inocente.
Esses
boatos, via de regra, são histórias que já circulam há anos, sofrendo apenas
pequenas alterações. O relato do bebê no carro, por exemplo, já passou por
várias cidades, como Vitória e João Pessoa — explica o jornalista Edgard
Matsuki, de 29 anos, criador do site “Boatos.org”, dedicado a combater a
propagação dessas farsas.
Um dos
principais desafios do trabalho é descobrir a origem de cada história falsa.
Muitas vezes, diante da infinidade de compartilhamentos, fica impossível
detectar quem foi o primeiro a postá-la. Em geral, contudo, é após a divulgação
por um perfil ou página mais acessado que a mentira ganha maiores proporções.
Propalar
mentiras traz responsabilidades, inclusive no âmbito civil. Pode-se, dependendo
do caso, responder por injúria , difamação ou calúnia — explica o advogado
David Rechulski, especialista em crimes cometidos via internet.
Como
identificar
Tom alarmista
Os boatos
infundados têm sempre tom alarmista, repleto de termos como “cuidado”,
“alerta”, “atenção”... Em muitos casos, as palavras-chave vêm em caixa alta
(maiúsculas), logo no início da mensagem.
Sem referência a tempo
Outra
característica comum é a falta de referência temporal clara.
Usa-se “esta
semana”, “amanhã”, “na sexta-feira” e afins, mas nunca dia, mês e ano
específicos. “Compartilhar a mentira não faz bem para seus amigos, e se
precaver torna a internet um lugar melhor”, alerta Edgard Matsuki.
Mas e os envolvidos?
A imprecisão
repete-se nos quesitos local do fato e envolvidos. Na maior parte das vezes,
surgem apenas dados genéricos, sem especificar, por exemplo, um nome de rua ou
de pessoas ligadas à situação em questão.
Português errado
Também é
frequente que os textos contenham erros de português. Reparou em concordâncias
mal feitas ou grafias incorretas?
Desconfie.
Falta de fontes
Por fim, a
característica mais marcante: a falta de fontes confiáveis, ou de links que
sustentem uma fonte citada equivocadamente. “Checagem é algo básico, e uma
busca rápida já ajuda a matar a charada”, ensina Matsuki.