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Informações atualizadas
O blog não tem conhecimento se alguma das supostas vítimas tenha registrado algum boletim de ocorrência ou se confirma o que desde quinta-feira (24) se comenta na cidade de Bacabal. Me refiro a Churrascaria Gaúcha, localizada na Praça Catulo da Paixão Cearense e uma das mais frequentadas.
O blog não tem conhecimento se alguma das supostas vítimas tenha registrado algum boletim de ocorrência ou se confirma o que desde quinta-feira (24) se comenta na cidade de Bacabal. Me refiro a Churrascaria Gaúcha, localizada na Praça Catulo da Paixão Cearense e uma das mais frequentadas.
Segundo setores da imprensa local, Carlos Sabadin - natural de Constatina, Rio Grande do Sul - proprietário do estabelecimento, desapareceu da cidade da noite para o dia deixando fornecedores no prejuízo.
No entanto, o blog manteve contato com ele que negou ter saído da cidade às escondidas. Carlos relatou que permaneceu à frente da churrascaria como gerente, mas, porém, as obrigações com fornecedores é de responsabilidade do verdadeiro proprietário que é seu sogro e, inclusive, já negocia sua venda.
Carlos também informou que o pagamento dos funcionários foi acertado para até o final do mês de março, mesmo o estabelecimento já estando fechado. Ele alega que deixou Bacabal para buscar emprego em outra cidade e, que, em nenhum momento, pensou em causar prejuízo aos fornecedores ou a quem quer que seja.
Carlos também informou que o pagamento dos funcionários foi acertado para até o final do mês de março, mesmo o estabelecimento já estando fechado. Ele alega que deixou Bacabal para buscar emprego em outra cidade e, que, em nenhum momento, pensou em causar prejuízo aos fornecedores ou a quem quer que seja.
Artigo
Diante da repercussão do caso o cantor e compositor bacabalense Zé Lopes, por exemplo, escreveu um artigo em que diz ter testemunhado muitos casos semelhantes e critica a forma com que as pessoas de fora são tratadas em detrimento aos filhos da terra. (leia baixo).
Estou em Bacabal e nada de novo no
front. A cidade esburacada, pessoas descontentes, muita reclamação e tudo
d'antes como no Quartel de Abrantes. O povo hospitaleiro, muitos amigos
revistos, e ..... o trivial sem nenhuma variação.
Aproveitando uma carona do meu amigo Osvaldino Pinho,
cheguei ontem a noite, viagem cheia de chuva. O objetivo da minha vinda foi
para resolver uns problemas imobiliários da família, coisas cartoriais,
documentos, assinaturas, reconhecimento de firma e coisas afins.
A noite pude ver o quanto Bacabal parou no tempo, ou melhor,
retrocedeu. As ruas escuras e vazias, um silêncio de doer os ouvidos, as casas
trancadas e um ou outro carro com seus faróis acesos, sem um destino certo.
Depois do futebol dei uma volta rápida com meu sobrinho
Raimundo Máximo, os bares vazios, passamos em todos que funcionam na
quinta-feira, aportei no bar do Luizão onde encontrei o meu amigo, o autônomo
Geraldo Albuquerque bebendo com outro amigo, o apresentador de TV e locutor de
Rádio José de Ribamar Gomes, o famoso Jota Erry, o garotinho do bigode de ouro.
Conversamos por um bom tempo, em meio ao som que vinha da
casa do lado, onde a Fofa do Forró e seu esposo Rikelmy, tocavam e cantavam os
enfadonhos sucessos do momento cheios hás, uis, ais, ôis, ôôô. tá,tá,tá e outros
lepos.
Tudo convergiu para que lembrássemos de um Bacabal de uma
vida noturna fluente, segura, atrativa, com muitas casas que funcionavam e
estavam sempre cheias. Falamos de nomes, professores, doutores, atletas,
artistas e mais, muito mais personagens que fizeram a historia de Bacabal e que
hoje a própria cultura fez questão de enterrar a história e estórias do próprio
autor.
E é sobre esse esquecimento que eu quero falar, ou melhor,
sobre a moral que se dá a quem chega aqui aventurando. O final dessa historia é
sempre a mesma, o raio caindo duas vezes no mesmo lugar, e o "otário"
continua sendo os filhos da terra que tanto querem um apoio e nada conseguem.
Lembro aqui agora de um mineiro que veio para botar uma
churrascaria na extinta EXPOABA - Exposição Agropecuária de Bacabal, e como era
bom no que fazia, ganhou o apelido de Gaúcho Falso. Gostando do mercado,
mudou-se para a cidade onde tocou seu comércio de forma séria, fez um bom nome,
mas lhe enganaram, trocando em miúdos, muitos compraram fiado e não lhe pagaram
e ele teve que mudar de praça, e em um acidente, perdeu a sua vida.
Saí agora pela manhã e aproveitei para pesquisar junto a
amigos que encontrava, nomes de Zés bacabalenses, já que estou compondo uma
canção falando deles. Resolvi fazer uma visita ao meu amigo, agora Secretário
Municipal da Cultura, o poeta Paulo Campos, e ao chegar na praça me deparei com
o comerciante Jean que ligava para toda a imprensa dando conta de que o Gaúcho,
que alugara seu estabelecimento para botar uma churrascaria, tinha anoitecido
mas não tinha amanhecido, como se diz em Bacabal, "Tirou pra fora",
deixando todo mundo no prejuízo.
O que acontece em Bacabal, é que todo forasteiro ganha
moral, ostenta riquezas aos olhos complacentes das autoridades e, os pobres
filhos que aqui querem vencer, são rechaçados. Isso é um fato, diuturnamente
vê-se isso nas redes sociais e ninguém toma nenhuma providência.
Policiais, amigos, imprensa, agora estão todos lá, mas pra
fazer o que? Essa saga de ganhar dinheiro e sair no cagar dos pintos com a mala cheia, é uma máxima na vida de Bacabal
e comparando os dois Gaúchos pude ver quanto antagonismo.
O Gaúcho Falso era verdadeiro e o Gaúcho verdadeiro, esse
sim, é falso. Mas Bacabal está à espera do próximo. O final nós já sabemos.
Zé Lopes