Um
bebê quando chora lhe é oferecido o seio ou a mamadeira. Ele pode chorar devido
a vários fatores: fome, frio, calor, sono, dor, dentre outras causas.
Geralmente uma das primeiras soluções a ele oferecida para aplacar o sentimento
desagradável é a comida. A comida vai se tornando assim “o primeiro
antidepressivo ou ansiolítico”, pois aprendemos inconscientemente que ela é uma
das primeiras estratégias para lidar com sensações desagradáveis, ou seja, com
as primeiras frustrações. Mais tarde, quando as frustrações afetivas ocorrerem,
algumas pessoas, diante da impossibilidade de saber lidar com a situação ou de
“anestesiar” o mal estar interno, poderão reativar esse antigo esquema:
Comida
= Bem estar
Muitas vezes, as pessoas comem porque se
sentem entediadas, solitárias, infelizes, ou por qualquer outro motivo que não
esteja diretamente relacionada à necessidade corpórea de se alimentar (fome
física). Perdas, decepções, frustrações, necessidade de agradar ou ser aceito,
rejeição, rompimentos, luto, dentre outros, podem favorecer a alteração no
comportamento alimentar, levando o indivíduo a comer compulsivamente. O
alimento, nesse contexto, seria um substituto do afeto (fome emocional) fazendo
com que aquele bolo de chocolate se torne um carinho.
É nesse momento que o psicólogo atua. Ele
proporciona a identificação das emoções que o fazem comer, implementa um
tratamento de acordo com a necessidade de cada pessoa. A identificação das
emoções é uma peculiaridade da psicologia o que não invalida tratamentos
médicos, orientações nutricionais e a prática de exercícios físicos.
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