Ivan Rodrigues, João Bobó, Maria José e Paulo Henrique. |
Segundo o delegado Bruno Figueiredo Aguiar,
após análise foi verificado que tanto Ivan Rodrigues quanto Paulo Henrique
foram presos pelo crime de roubo. Contra João Bobó e Maria José consta a
prática dos crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico.
Caso Natanael
No caso de Paulo Henrique ainda pesa a suspeita do crime de homicídio ocorrido em 30 de junho de 2016, tendo como
vítima Natanael Costa de Carvalho, de 27 anos de idade, que foi morto com
um tiro nas costas. A
execução foi praticada na rua 15, bairro Vila São João. Ferido, Natanael ainda
chegou a correr e entrar na casa de uma ex-namorada, onde caiu e foi socorrido
por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Minutos
depois ele veio a óbito. (relembre o caso).
Paulo Henrique, João Bobó e Ivan Rodrigues foram encaminhados para o Centro de
Detenção do povoado Piratininga, zona rural de Bacabal. A idosa Maria José
aguarda para ser transferida para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
O delegado Bruno Aguiar, titular da 1º DP
de Bacabal, avesso a conceder entrevistas, abriu uma exceção e conversou com o
repórter Romário Alves (TV Difusora) sobre o cumprimento dos mandados de prisão
contra as quatro pessoas citadas acima.
Estelionatário André Lemos
A Polícia Civil do Maranhão divulgou ainda, durante entrevista coletiva, outros dados sobre
a prisão do bacabalense André Lemos da Silva.
A Delegada Geral Adjunta de Polícia Civil, Adriana
Amarante, representando o Secretário de Segurança Pública Jefferson Portela e o
Delegado Geral Lawrence Melo informou que “André estava realizando um
crime de estelionato perpetrado contra o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS).
Contra o criminoso já estavam registradas diversas denúncias. A Polícia
Federal foi informada sobre a prisão e prosseguirá com as investigações no
sentido de identificar outros envolvidos. Quero parabenizar a Polícia Civil
pelo serviço realizado pela SEIC, culminando na prisão do acusado”, ponderou a
delegada adjunta.
André Lemos. |
Crimes
contra a Previdência Social
O superintendente da Seic, Thiago Bardal ressaltou que há
cerca de três meses, a Seic já vinha investigando o André Lemos da Silva. Ele
já fora preso em 2012 em Bacabal, por falsificação de cartões e
tinha ainda um Mandado de Prisão pela Comarca de Bacabal. Nesta terça-feira
(14), os investigadores, sabendo previamente que ele estava chegando em São
Luís, realizou um monitoramento finalizando até o bairro do Turu. No local que
funcionava como um laboratório foram encontrados os 517 cartões, sendo que
destes, 172 estavam ativos e sendo usados de forma a fraudar o INSS. Segundo o
que investigamos, cada um dos cartões era usado para o recebimento de um
salário mínimo, no valor de R$ 937 reais. Esses valores somavam R$ 160 mil por
mês e, por ano, cerca de R$ 2 milhões de reais, um prejuízo muito grande para a
previdência social.
Thiago Bardal reiterou ainda, que o falsificador agia da
seguinte forma: “O André Lemos da Silva escolhia o “benefício espécie 88”, do
INSS. Este é um benefício de amparo assistencial ao idoso. Quando o
beneficiário vem a falecer, o benefício é instinto. O acusado André Lemos, que
possui corretores tanto na capital como no interior, sabendo da morte de um
beneficiário, procurava a família e comprava o cartão e a senha pelo valor de
R$ 2 mil reais. Realizando as fraudes e usando cartões falsos, o André
continuava a receber o benefício do falecido. Quando chegava a data de
renovação do benefício, o acusado encontrava uma forma de falsificar a
documentação do falecido. Em seguida, ele emitia um novo RG com o nome do falecido
e colocava a foto de um idoso laranja. Este idoso, se passando pelo morto, se
dirigia até uma instituição financeira e renovava o benefício. Assim ele
recebia o benefício por mais um ano”.
Após a prisão de André Lemos, o flagrante foi comunicado
à instância Federal. No momento da sua prisão foi encontrado com ele, três
documentos falsos, constando o seu nome, mas de formas diferentes. Ele foi
autuado pelos crimes previstos no Artigo 298.1, por clonagem de cartão, furto
qualificado mediante fraude, falsificação de cartões e uso de documento falso”
finalizou.
Laboratório
para fraudar o INSS
Produtos apreendidos. |
No laboratório localizado no bairro do Turu, foram
encontrados comprovantes de residência em branco, papel moeda de RG em branco,
impressoras para confecção do cartão magnético e impressoras diversas e, ainda,
material de apoio para a confecção dos cartões. Presente na coletiva, o
delegado Odilardo Muniz que coordena o Departamento de Investigações de Crimes
Tecnológicos, informou que “André Lemos teria adquirido o maquinário e softs
para a ação criminosa. Foi contabilizado que o criminoso teria fraudado a
previdência na ordem de de 2 milhões por ano, o que prejudica a todos os
contribuintes da Previdência Social. As pessoas que vendiam as informações
também responderão na Justiça pelos crimes”, sinalizou o delegado. ( Com informações de Carolina Gomes e Mauro Wagner/ASCOM
SSP-MA)
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