Ter
um político considerado “ficha suja” à frente do comando da prefeitura não é
uma exclusividade de Bacabal. Há em alguns municípios casos até piores.
Em
Embu das Artes, interior de São Paulo, por exemplo, o candidato a prefeito mais
votado, Ney Santos (PRB), foi autorizado pelo Tribunal Superior Eleitoral a
tomar posse mesmo estando foragido após ser acusado pelo Ministério Público de
pertencer a uma quadrilha envolvida em tráfico e lavagem de dinheiro.
A
decisão foi tomada na última sexta-feira (13) pelo ministro Napoleão Nunes Maia
- presidente interino do TSE, acatando Mandado de Segurança impetrado por Peter
Motta Calderoni (PMDB), eleito vice-prefeito na chapa de Ney Santos.
O
ministro alegou que é preciso respeitar a vontade popular nas urnas, mas esclareceu
que o caso continuará pendente até julgamento do mérito pelo pleno do tribunal.
Ney
Santos será diplomado por procuração.
Já
no município cearense de Saboeiro, o candidato a prefeito mais votado, José
Gotardo do Santos Martins (PSD), também conseguiu liminar junto ao Tribunal
Superior Eleitoral e foi diplomado semana passada.
O
candidato teve seu registro de candidatura negado pelo TRE-CE porque foi
declarado inelegível e, em razão disso, entrou com recurso especial, obtendo a
tutela de urgência que lhe permitiu tomar posse na vaga de prefeito até que o
plenário do Tribunal Superior Eleitoral julgue seu caso em definitivo.
Nos
municípios que dependem desses resultados poderá haver novas eleições ainda no decorrer
de 2017. É o caso de Bacabal.