Desde quando vieram
à tona na imprensa as negociatas envolvendo compra de votos para a eleição da
Câmara Municipal em que foram citados o candidato a presidente César Brito (PPS)
e os também vereadores Irmão Leal (PMDB) e Regilda Santos (REDE), a disputa
pelo comando do legislativo bacabalense se transformou em uma balburdia
recheada de trocas de acusações.
O clima esquentou de
vez quando César Brito viu começar a ruir seu projeto de ganhar a eleição e,
como consequência, também assumir as rédeas do executivo, o que já caiu por
terra quando o TSE concedeu liminar para Zé Vieira.
Mas, antes mesmo que
isso ocorresse, já era complicada a situação por conta da criação de uma chapa concorrerente. Edvan Brandão, além de se lançar como candidato a
presidente, trouxe com ele mais um grupo de vereadores que dele faz parte João
da Cruz Rodrigues, o “Joãozinho Algodãozinho”, que se elegeu pelo Partido Solidariedade,
na Coligação “Bacabal Vai Vencer 2”, que deu apoio a Zé Vieira.
No momento, os nove
vereadores dão número suficiente para Edvan Brandão vencer a disputa.
A escolha de
Joãozinho Algodãozinho não foi bem digerida por César Brito e nem pelos demais
integrantes do consórcio que havia sido criando para ganhar a eleição para
prefeito. Desde então ele passou a ser literalmente caçado e seu aparelho
celular travou de tanto receber ligações e mensagens via WhatsApp.
A grande pergunta
era e ainda é: CADÊ JOÃOZINHO?
Os mais afoitos e
dominados pela paixão política chegaram a cogitar que ele tivesse sido vítima
de sequestro, outros, em cárcere privado. Até o sossego do governador foi
interrompido por políticos aliados que por fina força queriam que Flávio Dino
(PCdoB) autorizasse o envio de uma força tarefa da Polícia Militar do Maranhão
só para encontrar o paradeiro de Joãozinho.
As baboseiras sobre
o caso ditas em microfone em frente as câmeras da TV Mearim, de propriedade de
Zé Vieira, foram desmentidas instantaneamente. O próprio Joãozinho concedia
entrevista à TV Difusora no mesmo horário confirmando seu apoio a Edvan
Brandão. “Eu resolvi votar numa
pessoa íntegra, honesta, humilde assim como eu sou. De livre espontânea vontade,
sem aquela questão de vereador se vender, como está a especulação na cidade”,
disse Joãozinho.
O vereador eleito
também foi enfático ao dizer: “Não
somos mercadoria, o povo não aceita isso. Dinheiro não é tudo”. Veja abaixo reportagem publicada nesta sexta-feira pelo Blog do Randyson Laércio. No vídeo também há as falas dos demais vereadores.
Essa ducha de água
fria mexeu no calo de César Brito e a vingança veio em forma de acusações
infundadas, difamação e achincalho. O alvo principal não foi Joãozinho e muito
menos Edvan Brandão que no dia anterior havia sido “crucificado”. As asneiras
do apresentador Israel Braga foram direcionadas a Dr. Júnior do Saae, um dos
principais responsáveis pela união dos vereadores em torno da candidatura de
Edvan.
Para ataca-lo,
apelaram para a encenação rasteira e barata de Tony Silva. Sujeito considerado
do bem, nas que vez por outra protagoniza alguns papelões. Para quem possa não conhecê-lo,
ele é funcionário da emissora de televisão de propriedade da família Florêncio,
onde apresenta programa aos sábados, porém, foi na emissora de Zé Vieira que
ele cumpriu o papel lhe atribuído.
Exibindo imagens
feitas por uma equipe da TV Mearim onde Dr. Júnior do Saae aparece saindo da residência
do vereador eleito Joãozinho, Tony Silva atribuiu maços de notas de dinheiro que
carregava nas mãos, como sendo valor deixado para ser entregue ao vereador.
Em absolutamente
momento algum, o apresentador de César Brito ou mesmo Tony Silva mostraram algo
que comprovasse o ilícito apregoado por eles. No vídeo é possível ver Dr. Júnior
saindo do local onde esteve para ter uma conversa com Joãozinho, já que foi o
escolhido para isso justamente por ser um agregador.
Tony Silva foi,
inclusive, obrigado a ir até a Delegacia do 1º Distrito Policial registrar um Boletim
de Ocorrência na tentativa de legitimar a farsa montada pelos verdadeiros
mentores.
O fato é que o caixão e as velas estão prontas para sepultar de vez o projeto de fazer “na marra” César Brito presidente da câmara.
Mas, e o paradeiro de Joãozinho?
O fato é que o caixão e as velas estão prontas para sepultar de vez o projeto de fazer “na marra” César Brito presidente da câmara.
Mas, e o paradeiro de Joãozinho?