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16 de ago. de 2016

Zé Alberto tem a garantia da permanência de pelo menos dois grandes aliados caso faça seu sucessor


Carlos Gusmão e Leonardo Lacerda deverão continuar nos cargos
que ocupam atualmente, caso Zé Alberto faça o sucessor.
Depois que anunciou sua desistência em concorrer à reeleição o prefeito de Bacabal tem vivido um infernal astral. Além de ser rejeitado dentro do próprio grupo político que apoia e é financiador, Zé Alberto (PRB) viu seu maior investimento político - o deputado Alberto Filho (PMDB) - perder a titularidade do mandato e passar a ser suplente, sujeito a ter que deixar a Câmara Federal a qualquer momento, bastando para isso que o titular Sarney Filho (PV) resolva deixar ou seja tirado do Ministério do Meio Ambiente, pasta que passou a ocupar quando Michel Temer assumiu interinamente o governo.

Para piorar, Paulo Roberto Sousa Veloso – prefeito do município de PIO XII e sobrinho de Zé Alberto – foi afastado do cargo por Ato de Improbidade Administrativa em face da constatação de "funcionários fantasmas" na folha de pagamento da prefeitura, entre os quais parentes do prefeito e dos secretários.

Mesmo convivendo com todos esses solavancos políticos o prefeito de Bacabal resiste e agora tenta não sair do cargo com as mãos abanando. Quer eleger pelo menos 8 candidatos a vereador (contando com os “seus” que já estão na Câmara e disputam a reeleição).

E Zé Alberto quer mais, exige uma contrapartida para manter a infraestrutura do município a serviço de Zé Vieira (PP), candidato que apoia.

Pelo menos por enquanto o prefeito Já tem duas garantias: as permanências do professor Carlos Gusmão na educação e Leonardo Lacerda no Saae.

Coação

O caso de Carlos Gusmão foi afirmado por ele mesmo durante reunião com servidores contratados e diretores da pasta. Em uma gravação de áudio feita sem seu conhecimento e repassada para à imprensa, o secretário revela os baixos índices do nome de Zé Alberto nas pesquisas feitas na pré-campanha e que motivaram sua desistência.

Professor Gusmão conta que em uma reunião entre o atual prefeito, o deputado estadual Carlinhos Florêncio e o próprio Zé Vieira, foi dito para Zé Alberto escolher qualquer secretaria, mas, porém, a educação já estava garantida. “Dito isso, eu quero dizer para vocês que o prefeito vai apoiar Zé Vieira e o Florêncio, e nós como grupo iremos apoiar também, mesmo sabendo que aqui há pessoas que não vão conosco.

Na conversa professor Gusmão deixa claro e, em tom de ameaça, diz que se alguém for apoiar o outro lado [Roberto Costa] não poderia continuar com eles. Como, de acordo com a lei eleitoral, não seria mais possível demitir os servidores, o secretário sugeriu que os mesmos pedissem exoneração dos cargos. “É um pedido que eu estou fazendo para vocês amigavelmente. Agradeço quem for sair. OUÇA O ÁUDIO DA CONVERSA.
Caso de família

A situação do atual diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Bacabal é diferente. Não há informações que Leonardo Lacerda tenha tentado coagir funcionário daquela autarquia ou mesmo forçado a pedir demissão caso não apoie o candidato do prefeito. A sua permanência no cargo, caso Zé Vieira [ou alguém que lhe substitua] vença a eleição, foi costurada entre Zé Alberto, Zé Vieira e o empresário Gilberto Lacerda.

Nesta decisão foi levado em conta, entre outras coisas, os laços afetivos que há entre as famílias Vieira e Lacerda - um neto de Zé Vieira é casado com uma das irmãs do atual diretor do Saae.