Prestes a completar 5 anos no ar o Blog do Sérgio
Matias é o mais acessado, querido e odiado de Bacabal. Mas, em um ponto ninguém
diverge: é um canal importante para a população.
Não foi por falta de aviso, por exemplo, que alunos
da Central de Concursos – que tem à frente o polêmico professor Rubenildo –
estão atualmente a ver navios, sem aulas aproximadamente há duas semanas e sem
ter qualquer notícia do seu paradeiro.
Alerta
No dia 22 de julho desse ano o Blog do Sérgio
Matias, a título de alerta, fez informar aos seus leitores - sobretudo aqueles que
diariamente assistiam em programas de TV locais a tentadora oferta de um curso
preparatório para concursos – que o garoto propaganda e responsável por tal curso
tinha um extenso histórico de acusações de estelionato e que, inclusive, já havia
sido preso.
A divulgação da Central de Concursos era feita ao
vivo e pelo próprio responsável. Bastante comunicativo, apesar da voz rouca, professor
Rubenildo oferecia aulas ministradas, segundo ele, por professores altamente
conhecedores das disciplinas.
Para atrair o maior número de interessados, ele fez
promoção de 50% de desconto no ato da matrícula, que no total custa R$ 200,00
(duzentos reais). Para ser agraciado com a oferta tentadora bastava ligar para
um determinado número de telefone (exibido em caracteres) e citar que havia
visto o anúncio na TV, em seguida, deixar nome completo e contato.
A divulgação logo surtiu o efeito desejado e a cada
dia era maior o numero de pessoas aproveitando para se matricular e participar
das aulas que tiveram início em um salão de eventos localizado no centro da
cidade.
Em Bacabal, professor Rubenildo se hospedava em um
hotel à margem da rodovia BR-316.
Mente emprestada ao
diabo
Quando a postagem
foi feita, professor Rubenildo contactou, via
celular, com o titular do blog para relatar sua versão para os fatos. Ele narrou que de
fato existiram os casos citadas na publicação anterior, mas, entretanto, se
defendeu mostrando documentos que o absorvia da acusação de estelionato, que
apenas havia falhado administrativamente e não agiu de má-fé no intuito de
lesar seus alunos. Segundo Rubenildo, as pessoas prejudicadas na época foram
paulatinamente ressarcidas dos prejuízos. “Era
inexperiente... emprestei minha mente ao diabo durante dois anos”,
disse.
Depois de se defender, Rubenildo
voltou a fazer o seu marketing normalmente na TV. Das duas emissoras que tinham
contrato com ele, apenas a Difusora cobrou dele explicações sobre as denúncias.
A outra fez ouvido de mercador, pois naquele momento o mais importante era
manter o faturamento.
Entenda o caso
José
Rubenildo Fonseca Lima, natural de São Luís-MA, tem aproximadamente 44 anos, e,
de acordo com a imprensa de Rondônia, é bastante conhecido naquele estado
graças as suas aparições televisivas onde adotou, em 2006, a mesma prática de
oferecer aulas de cursinho preparatório a preço muito baixo e não honrar com o
prometido: vantagem ilícita
em prejuízo de várias vítimas, induzindo-as em erro, mediante os artifícios
abaixo descritos.
Segundo apurado, Professor
Rubenildo e uma outra pessoa diziam ser responsáveis pela Rede de Ensino
Academicu´s e fizeram várias propagandas na televisão e rádio oferecendo cursos
preparatórios para concurso público e vestibular, à modesta quantia de R$ 50,00
a R$ 120,00, pelo período de 1 ano. Os cursos seriam ministrados nas
dependências de uma escola. A propaganda seduziu várias pessoas que efetuaram
pagamento à vista.
Como o número de interessados era
grande, os cursos passaram a ser ministrados também em outro prédio.
Os denunciados e professores
contratados pela dupla ficaram em um hotel, sendo que as despesas seriam pagas
pelo professor Rubenildo. Porém, decorrido menos de um mês de aulas, os alunos
foram impedidos de continuar frequentando as aulas do referido curso pelo
locador do prédio, sob a alegação de que o locatário não vinha cumprindo suas
obrigações, quais sejam, pagar o aluguel. Os professores também não foram
pagos, nem suas despesas do referido hotel.
Existiam notícias de que os
denunciados agiram da mesma forma em outras cidades e estados, como aqui Maranhão,
onde, em Codó, professor Rubenildo chegou a ser novamente preso e se
apresentava como pastor Lima.
Em outubro de 2007, teria sido novamente preso, em
Roraima, acusado de tentar aplicar o mesmo golpe, no município de Iracema, mas,
nessa oportunidade ele se defendeu dizendo que não agia de má-fé e alegou que
faltou competência administrativa.