Marqueteiro - termo que se refere ao profissional
especializado em marketing,
sobretudo político -, é sempre
visto em ação nos grandes centros, já em cidades pequenas como Bacabal ele
geralmente só aparece de quatro em quatro anos, até pelo alto custo financeiro.
Mas,
todavia, em época de campanha eleitoral há sempre um ou mais candidatos a
prefeito que arriscam meter a
mão no bolso para contratar
um desses profissionais com a incumbência de traçar estratégias que fortaleçam
o seu poder de convencimento em relação ao eleitorado.
Esse
ano em Bacabal, pelo menos dois candidatos já se dispuseram a fazer isso, são
eles: Roberto Costa (PMDB) e Zé Vieira (PP).
Desafios
Roberto Costa - O candidato que sempre
despontou como franco favorito tem contra si, pelo menos na opinião dos seus
opositores, o fato de não ser bacabalense e num eventual governo vir a fazer da
Prefeitura de Bacabal cabide de emprego para correligionários de São Luís. Esses são dois casos que precisam ser tratados com a máxima atenção.
Zé Vieira – Para o marqueteiro da
campanha de Zé Vieira o desafio é maior, a começar pela indefinição do deferimento da sua candidatura. Mas, entretanto, só para resumir, a primeira missão dada a ele é
tentar desvincular ao máximo a imagem de Zé Vieira do atual prefeito Zé
Alberto, aliado e um dos principais financiadores do consórcio de grupos
políticos criado para eleger o novo chefe do executivo municipal.
Antes mesmo da chegada do responsável pelo marketing da
campanha, essa tarefa já vinha sendo cumprida com afinco pela coordenação que
evitou enviar representantes nas convenções dos partidos ligados a Zé Alberto,
como também nunca explicou por que o assessor de comunicação do prefeito passou
a ser o apresentador da TV Bacabal, da
família Florêncio, que, aliás, tem contrato de aluguel em vigor com o
município.
Essa relação institucional repentina surpreendeu a todos e
chegou a chamar à atenção da imprensa da capital, como do jornalista Neto
Ferreira.
De acordo com o extrato, o locatário Raimundo Florêncio Monteiro
Filho, irmão do deputado Carlinhos Florêncio, recebe mensalmente pelo aluguel, do imóvel onde hoje funciona o Hospital Materno Infantil de Bacabal, a quantia de R$ 25 mil reais, com custo anual de R$ 300 mil.
No final da matéria, postada em agosto de 2015, o jornalista faz
uma profecia: “Em Bacabal, os Florêncios fazem oposição à prefeitura. No
entanto, impassivelmente devem mudar o discurso político e carregar uma
desmoralização imensurável”.
Mordaça
Outro
fator que deixa evidente a aliança política Zé Vieira/Zé Alberto é a mudança de
postura da linha jornalística da TV Mearim [de Zé Vieira] que deixou de ser a
“TV do Povo”, como diziam, e passou a ser uma espécie de emissora oficial da
Prefeitura de Bacabal, deixando de exibir as mazelas do município e os reclames
da população, coisas que até antes da aliança faziam à exaustão.
Essa
postura da TV Mearim é, inclusive, uma das preocupações do marqueteiro. Ele
entende que, apesar dos pesares, já passou da hora dos apresentadores da
emissora voltar a “demonstrar” para os telespectadores aquela indignação de
antes. E é isso que devemos ver daqui pra frente.
E agora José?
Não
se sabe é até onde o atual prefeito e seu grupo político suportarão ficar na
clandestinidade.