"Meu
filho, o poder emana do povo e só quem pode mudar o poder de mãos é o povo. Eu
recebi do povo de Bacabal a outorga para exercer o poder em seu nome e não vou
entregá-lo de mãos beijadas para ninguém. Se o povo quiser continuar comigo, eu
estou aqui disposto a continuar trabalhando. Quem quiser me tirar da prefeitura
vai ter que me derrubar."
Com
essa disposição o prefeito de Bacabal, José Alberto Oliveira Veloso (PRB),
confirmou ser pré-candidato a reeleição, garantindo que não abre, não desiste,
não renuncia, elegendo como o seu principal adversário político o senador João
Alberto Souza (PMDB), a quem atribui todos os problemas que hoje enfrenta como
gestor do município.
Veloso é hoje um firme contestador da atuação do senador, principalmente porque ele, Veloso, agora concebe e aceita a versão que antes lhe era passada por assessores e conselheiros, de que João Alberto sempre foi omisso e, pior ainda, conivente e conselheiro das ações e postura política que o deputado estadual Roberto Costa (PMDB) adotou como seu ferrenho opositor, fazendo o que se avalia como um trabalho político rasteiro, de conotação parcial e sem nenhum motivo ou razão que tenha sido conotada ou revelada ao longo desses quase quatro anos. Roberto Costa nunca explicou porque rompeu e passou a fazer oposição ao prefeito José Alberto.
Além
da motivação política e pessoal Veloso tem ainda como referência, para sua
tentativa de se manter como prefeito de Bacabal, a base sólida eleitoral que
construiu: é dono da maior estrutura partidária - deve reunir pelos menos 8
legendas em seu entorno - o que lhe permitirá um amplo leque de coligações, tem
como seus apoiadores 12 vereadores filiados aos partidos que ele mesmo controla
e, como atual prefeito tem sob alçada cerca de 7 mil funcionários, sendo a
grande maioria contratados. Além do mais, foi eleito como o maior número de
votos já sufragados a um político na história de Bacabal - mais de 25 mil -,
aplicando uma vantagem superior a 6 mil votos sobre o seu principal adversário.
José
Alberto Oliveira Veloso é candidato a reeleição e, por mais que avalie como
difíceis as suas possibilidades e condições de reeleição, é, ainda, o mais
forte concorrente a se manter no poder. Em eleição o que manda é a estratégia a
ser desenvolvida na campanha. Veloso já ganhou uma vez, e sozinho, porque
entregaria de mãos beijadas o poder?