Em nota de
esclarecimento enviada à imprensa a Secretaria Municipal de Saúde dá sua versão
para o caso do paciente Adão da Silva, 60 anos, que foi mostrado na TV Mirante na
última terça-feira (21).
Na reportagem
produzida pelo repórter bacabalense Fábio Costa, o paciente aparece deitado na
cama de casa com uma imobilização na perna feita de atadura e papelão, em decorrência
de uma fratura que sofreu no fêmur em um acidente
de motocicleta.
A
reportagem também conta que ele estava há 15 dias em casa sob os cuidados da
família e sem saber quando e onde faria a cirurgia. Dizia também que no
Pronto Socorro Municipal o único procedimento realizado foi a colocação do
papelão amarrado com uma atadura para imobilizar a perna do idoso.
Leia
abaixo a nota que vem assinada por Vanessa Maria Aguiar Bringel, Assessora Jurídica
da Semus.
As providências
adotadas em relação à Assistência Médica do Cliente Adão da Silva, o qual deu
entrada nesta Unidade de Saúde proveniente do Município de São Luís Gonzaga, no
dia 03 de junho de 2016, ás 16:06hs, sendo atendido no setor de Urgência e Emergência
pelo médico plantonista Dr. Fernando Sousa, o qual prestou atendimento de Urgência
e posteriormente solicitou parecer da Ortopedia o qual foi respondido pelo Médico
plantonista Dr. Paulo Roberto , que constatou Fratura de Fêmur Distal, prestando
a devida Assistência, conforme descrita no Prontuário e Ocorrência de
Enfermagem disponível para todo e qualquer órgão por meios legais para a
apreciação dos fatos verídicos ocorridos no momento da entrada do Senhor Adão
da Silva no Pronto Socorro Municipal de Bacabal.
Por ser uma Unidade
De Média Complexidade, Fraturas Incruentas e de grande extensão são referenciadas
ás Unidades de Alta Complexidade do Estado, através do Sistema Estadual de
Regulação de Leitos. O Hospital de referência em Sistema de “Porta Aberta” a
todas as fraturas do porte do Cliente referido dentro do Estado do Maranhão são
devidamente encaminhadas ao Hospital Clementino Moura – SOCORRÃO II, o qual foi
ofertado à transferência de “porta aberta” onde o mesmo no primeiro momento se
recusou, conforme relato dos profissionais de saúde, descrito no Prontuário do
Cliente. Diante da repercussão do caso foi realizado um novo contato com o
mesmo ofertando a mesma transferência referida anteriormente, que foi
prontamente aceita. Hoje o paciente encontra-se no Hospital Clementino Moura –
SOCORRÃO II, dando continuidade ao atendimento realizado no Pronto Socorro de
Bacabal.
Os profissionais
que compõe o quadro do Setor de Ortopedia do Pronto Socorro de Bacabal são
técnicos com titularidade e formação técnica compatível com as atividades que desempenham
e que procedimentos como os referidos nos veículos de comunicação, como nas
emissoras de Tv, blogs e etc., não fazem parte das atribuições dos
profissionais do Pronto Socorro de Bacabal e que o material que se utiliza para
imobilização de fraturas é atadura gessada e atadura de crepe, desconhecendo
qualquer procedimento já realizado por esta Unidade de Saúde que utilizasse
papelão como instrumento de imobilização e que se feito, foi por terceiros,
alheios ao conhecimento daquela Unidade de Saúde e fora do ambiente de trabalho
da mesma.
Vale ressaltar que,
o Cliente Adão da Silva, no momento da reportagem veiculada recentemente já se
encontrava com a imobilização gessada no pé, procedimento este correto e a
“falsa imobilização” com papelão em cima do fêmur quebrado, que de acordo com o
depoimento do profissional de Saúde que realizou o procedimento de
imobilização, relatou: “o que dar a
entender para qualquer pessoa que tenha conhecimento que entenda de fratura
sabe-se que nunca se imobiliza em cima de um fêmur quebrado, é o único osso que
não se imobiliza em cima do quebrado, se imobiliza o pé para evitar que ele
fique girando para não causar dor no paciente, porque fratura no fêmur não é
gesso e sim cirurgia”. Todos os profissionais da Saúde que estavam
envolvidos no caso do Cliente referido foram convocados para uma reunião onde
relatassem todos os procedimentos realizados no mesmo, conforme descrição no
seu prontuário e na Ocorrência de Enfermagem, chegando a conclusão que de tudo
foi feito na forma correta, sem omissão de nenhum profissional engajado a
sempre proporcionar o bem estar do cliente, principalmente aqueles que
necessitam usar o Sistema Público de Saúde.
Assim, toda a
equipe que compõe o Pronto Socorro Municipal de Bacabal – SOCORRÃO,
encontram-se preparados e qualificados para o atendimento de toda a população
de Bacabal e demais Municípios que fazem parte da Regional do Médio Mearim.
De tudo está
fazendo a Secretaria de Saúde para minorar os problemas e atender às
necessidades, sempre respeitando os cidadãos e os profissionais da saúde, e
nunca ficando omissa diante da aflição da população, mas sempre procurando
melhorar, pois lidamos com vidas humanas nas mais difíceis adversidades e
sabemos da nossa responsabilidade.
Atenciosamente,
Secretaria Municipal de Saúde, por sua assessoria jurídica e de comunicação.
Bacabal (MA), 24 de
Junho de 2016.
Sem mais para o
momento me coloco a disposição para eventuais esclarecimentos.
Vanessa
Maria Aguiar Bringel
Assessoria
Juridica
Portaria
100/2015