Da
Assessoria
A
grave pane mecânica que sofreu a principal bomba da estação de captação do
Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), em Bacabal, localizada na curva do
anu, no Rio Mearim, continua prejudicando o sistema de abastecimento que
distribui água para todo o centro da cidade e, para quase uma dezena de bairros
próximos ao centro, a exemplo do Ramal e Juçaral, além de outros interligados. Equipes
técnicas da autarquia se desdobram no sentido de resolver o problema,
entretanto, esbarraram é uma falha de difícil solução, a quebra do bombeador do
equipamento.
A
bomba, da marca Esso, foi instalada a 51 anos, está obsoleta e para ela não
existe mais peças de reposição no mercado brasileiro. A solução encontrada foi
a fabricação artesanal da peça danificada. Todavia, nas tentativas de
substituição realizadas até agora aconteceram problemas e as peças construídas
não puderam ser utilizadas. Uma nova encomenda de fabricação foi feita para uma
empresa de tornearia que fica fora do município de Bacabal e, agora, os
técnicos do SAAE estão aguardando sua confecção e chegada, para uma nova
tentativa de colocar a bomba em funcionamento.
Consequências
Com a
bomba de maior capacidade fora de funcionamento a quantidade de água produzida
pela estação de captação cai para apenas 60 por cento do que é produzido
normalmente. A baixa captação de água obriga os técnicos do SAAE a também
usarem, depois que essa água passa de processo de tratamento, a bomba de menor
capacidade da estação de distribuição.
A esse
fator se agrega os altos índices de turbidez que o Rio Mearim demanda nesse
período de chuvas constantes e intensas, quando o nível do rio sofre sequentes
oscilações, aumentando e diminuindo o seu volume. Os altos índices de turbidez
obrigam as equipes de controle de qualidade da água do SAAE a pararem a
distribuição de 5 a 8 vezes por dia, para realizar o trabalho de descarga dos
filtros e de tratamento da água.
A
pouca quantidade água captada pela estação e enviada para o tratamento, aliada
a sua intensa turbidez são os dois principais vetores que provocam as paradas,
que provoca, por sua vez, a redução da quantidade de água que segue para a rede
de distribuição, gerando a sequente diminuição do produto na casa do consumidor
nos setores servidos pela estação de tratamento.
Mais problemas
Dois
outros problemas antigos também podem ser facilmente detectados quando uma pane
de maior efeito acontece em um importante equipamento do SAAE, como é o caso da
principal bomba da estação de captação.
O
sistema de abastecimento de água de Bacabal foi instalado há 51 anos sem
estação, ou lagoas de decantação, primeiro ponto por onde água captada deveria
passar, para, então, depois de decantada seguir para a filtragem na estação de
tratamento.
O fato
da água captada no Rio Mearim não passar pelo processo de decantação é que
provoca as paradas técnicas obrigatórias para a descarga e limpeza dos filtros,
porque os mesmos não são preparados para resistir a grandes níveis de turbidez,
essa situação se agrava nos períodos de chuva.
A rede
de distribuição, especialmente das áreas servidas pela estação de tratamento,
centro da cidade e bairros mais antigos, ainda é composta por canos de cimento
amianto. Em apenas alguns setores esses canos de cimento amianto foram
substituídos por canos de PVC, sendo que ainda existem pontos com canos de
ferro ou junções de ferro. Tanto o ferro como o amianto são corrosivos,
produzindo detritos para, ao longo do tempo estreitarem o seu diâmetro interno,
impedindo que a água corra com fluidez, fato que hoje se agrava mais ainda em
razão da pouca quantidade de água que chega a rede de distribuição, em razão da
pane da bomba principal da estação de captação.
A
direção do SAAE espera que o grave problema seja resolvido no mais breve espaço
de tempo possível e envida todos os esforços nesse sentido.