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6 de abr. de 2016

Jornal de Minas Gerais destaca trajetória do zagueiro bacabalense Manoel, do Cruzeiro, que será submetido a cirurgia no joelho

A edição desta quarta-feira (6) do JORNAL HOJE EM DIA, de Belo Horizonte, traz Reportagem produzida pelo jornalista Henrique André sobre o zagueiro bacabalense Manoel que será obrigado a passar por cirurgia no joelho. Leia abaixo.

"Nada que vale a pena é fácil. Lembre-se disso". A frase do escritor norte-americano Nicholas Sparks, postada há cinco dias no Instagram pelo zagueiro Manoel, resume perfeitamente o roteiro vivido pelo defensor do Cruzeiro.
Titular da Raposa em 10 dos 13 jogos deste ano e em alta com o técnico Deivid, ele sofreu uma lesão no joelho direito, passará por cirurgia e está fora da fase final do Campeonato Mineiro.
Nascido no vilarejo de Piratininga, a 17 km de Bacabal (MA), o atleta de 25 anos nunca se desapegou do passado e, assim, aprendeu a lidar com as dificuldades impostas pela vida.
Orgulhoso de suas origens, ele construiu uma nova casa para a mãe, dona Dorinha, mas preservou ao fundo do lote o barracão no qual foi criado. Intacto até hoje, o casebre guarda a humilde mobília, os porta-retratos nas paredes e as recordações do pai, sr. Oderizo, falecido em 2011.

Batalhador desde criança, Manoel começou a trabalhar ainda aos 10 anos. Com os míseros R$ 12 que recebia na roça, ajudava os pais nas despesas da casa.
Manoel (à direita) com o irmão Geovanne e
a mãe Dorinha.
Naqueles tempos, a esperanças estavam depositadas no irmão mais velho, Geovanne, que sonhava em ser jogador de futebol. Por força do destino, entretanto, quem conseguiu seguir a carreira profissional foi o caçula, chamado de “Neném” por Dorinha.
“Ele ia treinar de bicicleta. Pedalava tanto que nem precisava fazer aquecimento com os jogadores”, brinca o amigo Heyder. “Antes de pensar em ser zagueiro, o Manoel queria ser goleiro”, revela o conterrâneo.
Manoel e o pai, já falecido.
Em busca do sonho
Da escolinha do Corinthians, em Bacabal, Manoel tentou atuar nos times de São Luís, mas não teve êxito. Na capital, aos 13 anos, ele chegou a passar fome. A passagem de ônibus era patrocinada por Dorinha, que quebrava coco para ajudar o filho.
Dois anos depois, no Sul do país, o zagueiro tentou a sorte no modesto Nacional-PR. E deu certo. Com boas atuações, em 2006 ele foi contratado pelo Atlético-PR e viu a vida mudar.

Com boas atuações pelo Furacão, em 2014 Manoel despertou o desejo do Cruzeiro. Contratado em junho, por R$ 9 milhões, ele participou do título nacional da Raposa, que já havia erguido a taça no ano anterior. Bem sucedido, virou ídolo no Maranhão.