Por
Júnior Pacífico de Paula
Engenheiro
/ Empresário / Ambientalista
Hoje
[22 de março] comemoramos o Dia Mundial da Água, o nosso planeta é formado por
75% de água e apenas 25% de terra, portanto ao invés de planeta terra deveria
se chamar planeta água, no corpo humano a água representa 65% de sua
composição.
Apesar
do Brasil ter a maior reserva de água doce do mundo com cerca de 12% do total,
pelo menos 20% da população brasileira não tem acesso a água potável, 40% são
abastecidos por fontes cuja qualidade não é confiável e 50% não dispõem de coleta
de esgoto, segundo a ONU (organização das nações unidas) dois milhões de
crianças morrem anualmente de doenças relacionadas a água não tratada, são mais
de 6.000 morte por dia.
A
água tem que ser tratada como um bem social e cultural e não apenas como uma
mercadoria, sem água não haveria vida, ela é que comanda a vida e a natureza, o
poeta italiano Dante Alighieri, certa vez disse que “a natureza é a arte de
Deus na sua maior expressão” e água é a forma que a natureza encontrou para
mostrar seu poder e sua força.
Por
ano a população do planeta aumenta em 93 milhões de pessoas e as fontes de água
potável são as mesmas, o consumo mundial de água aumentou seis vezes nas
últimas cinco décadas, mas os nossos governantes ainda relutam em adotar
medidas que garantam sua preservação.
E
o nosso querido rio Mearim, ainda é o rio mais piscoso do nosso Estado, e vem
sofrendo agressões diárias, a pior delas trata-se do esgoto doméstico sem tratamento
que é jogado in natura no leito do rio em todas as cidades banhadas pelo
Mearim, nossa mal educada população continua jogando lixo no rio, nossos
fazendeiros bem como a população ribeirinha continua erradicando suas matas
ciliares, recentemente tivemos a criação do comitê de bacia hidrográfica do
rio, o qual infelizmente como tudo neste país que tem ingerência pública,
realizam apenas reuniões para aparecerem nos canais de televisão e em termos práticos
nada é feito, enquanto isso nosso querido Mearim agoniza.