O jornalista
bacabalense Abel Carvalho comemora a classificação de uma das suas poesias para
concorrer ao Prêmio Poetize 2016, importante iniciativa de produção e
distribuição cultural, que alcança um grande público, escolas e faculdades,
realizada pela Vivara Editora Nacional, com o apoio cultural da Revista
Universidade, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Universidade Federal
do Rio de Janeiro e TV Brasil. “Nunca pratiquei autopromoção, mas registro este
fato pessoal. Sangrou, poema de minha autoria, concorreu e foi classificado no
Concurso Nacional Novos Poetas. Prêmio Poetize 2016, e vai participar do Livro
Prêmio Poetize 2016. Antologia Poética”, escreveu o jornalista em seu blog
(www.blogdoabelcarvalho.com.br).
A relação completa
dos 250 classificados que estarão na edição do livro pode ser encontrada
clicando em www.premiopoetize.com.br.
“Sangrou é recente, escrito em 26 de abril desse ano, e faz parte de uma nova e
mais tímida, ainda, fase da minha vida, quando bato na porta dos 60 anos", disse.
Sangrou
A tua poesia é uma
dor sem fim.
A tua poesia sangra
como um sudário sem dono.
O meu amor esparge o fel do sofrimento.
O meu amor por ti trespassa meu sonho timorense.
A tua ausência é um crucifixo sem história
Sem corpo, sem chaga, sem véu.
A tua saudade me aniquila em alma, luz, escuridão.
A tua lembrança me corrompe, constrange meus desejos,
Desenfreia, arde como o canto da lira que eu nunca ouvi.
A minha dor...
A minha dor dói cálida e perene,
Não seca, comprime, cega, estremece,
Emudece a minha insônia sem fim.
A minha dor...
A minha dor cresce, não estanca,
Desanca como um Céu em tornado,
Como o mar em turbilhões,
Como um coração parado, seco, separado,
Entregue as mãos de quem não quis.
A tua poesia e a minha dor caminham juntas, a passos largos,
Em tragos, disseminações e reminiscências.
Em essência fogem de si mesmas, se conhecem, não se amam,
Se odeiam como dois tolos enamorados sem destino,
Se fecham, se calam, se martirizam para sempre.
A minha dor é o teu poema,
E sangra.
(Abel Carvalho)
O meu amor esparge o fel do sofrimento.
O meu amor por ti trespassa meu sonho timorense.
A tua ausência é um crucifixo sem história
Sem corpo, sem chaga, sem véu.
A tua saudade me aniquila em alma, luz, escuridão.
A tua lembrança me corrompe, constrange meus desejos,
Desenfreia, arde como o canto da lira que eu nunca ouvi.
A minha dor...
A minha dor dói cálida e perene,
Não seca, comprime, cega, estremece,
Emudece a minha insônia sem fim.
A minha dor...
A minha dor cresce, não estanca,
Desanca como um Céu em tornado,
Como o mar em turbilhões,
Como um coração parado, seco, separado,
Entregue as mãos de quem não quis.
A tua poesia e a minha dor caminham juntas, a passos largos,
Em tragos, disseminações e reminiscências.
Em essência fogem de si mesmas, se conhecem, não se amam,
Se odeiam como dois tolos enamorados sem destino,
Se fecham, se calam, se martirizam para sempre.
A minha dor é o teu poema,
E sangra.
(Abel Carvalho)