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24 de dez. de 2015

Em entrevista, vereador Florêncio Neto diz que prefeito de Bacabal é irresponsável e massacra os servidores

Apresentador Jota luís e vereador Florêncio Neto.
Diante da tentativa de lhe imputar a responsabilidade pelo não pagamento dos servidores municipais da saúde, o vereador Florêncio Neto (PHS), que da tribuna da Câmara já havia explicado tal situação, esteve na tarde desta quarta-feira (23) no estúdio da TV Bacabal (canal 9), no programa Cidade Livre, apresentado por Jota Luís, onde novamente esclareceu o ponto a ponto da Ação Civil Pública contra a Prefeitura de Bacabal proposta pelo Ministério Público do Maranhão e acatada pela Juíza Vanessa Ferreira Pereira Lopes, titular da 1ª Vara da Comarca local, e que teve origem em um requerimento seu, protocolado dia 15 de outubro de 2015, pedindo a imediata apuração sobre o atraso salarial dos servidores públicos municipais.

A iniciativa resultou, dia 23 de novembro, por parte da justiça, no bloqueio de 50% dos recursos das contas da Prefeitura de Bacabal vinculadas a Caixa Econômica Federal; determinação do envio no prazo de 48 horas da lista dos servidores com os salários atrasados para a Juíza e para o gerente da Caixa Econômica de Bacabal, sob pena de multa diária no valor de R$ 5.000,00 contra a pessoa física do prefeito José Alberto Oliveira Veloso.
Petição da Promotoria responsabilizando exclusivamente o município pelo atraso dos servidores.
Dai em diante o município, além de não cumprir a determinação judicial de repassar à Caixa a lista dos servidores com pagamento em atraso, passou a responsabilizar o vereador pelo não pagamento dos servidores e, inclusive, passou a patrocinar uma campanha rasteira contra o edil na TV.

“Se o município não encaminha os nomes dos servidores para a Caixa, como é que o gerente vai efetuar esse pagamento?! O gerente fica com o dinheiro bloqueado e de mãos atadas pela irresponsabilidade do município que não consegue elaborar sua folha de pagamento para enviar para a Caixa [...]”, disse Florêncio.

“Trata-se de desobediência, essa é a palavra. Descumprimento de determinação judiciária, clara. Foi o que aconteceu na cidade de Bacabal. E o pior, de forma leviana, ao invés de vir a público pedir desculpas, montar um cronograma, dialogando com os servidores, mostrando que providências eles iriam tomar, eles preferem ficar empurrando e distribuindo culpa: Ah, a culpa é do vereador Florêncio Neto que foi lutar pelos direitos dos servidores. Ah, a culpa é da Juiza. Ah, a culpa é da promotora. Ah essa decisão foi irresponsável.

Irresponsáveis são vocês, irresponsável são os secretários desse município que, além de não pagar, não conseguem obedecer decisão simples [...]”, desabafou o vereador.

Como há informações que servidores estariam sendo demitidos por cobrar seus salários e outros ameaçados de demissão, Florêncio se colocou, também como advogado, a disposição dos servidores.

“Aqui eu quero destacar a bravura dessas mulheres [funcionárias do Hospital Materno Infantil]. Sabe por que elas fizeram isso? Porque chegou ao limite. Todo mundo de saco-cheio, sem esperança devido a forma com que são tratadas. Pelos modos que atua esse município, pelos modos que atua esse secretário, elas correm sérios riscos que serem demitidas porque eles não aceitam serem contrariados. Abuso de poder. Eu quero me colocar a disposição como advogado para que elas me procurem ao primeiro sinal de arbitrariedade, de abuso desse secretário que ao invés de cuida da Saúde, não cuida de nada.”

O vereador ainda deixou um recado para seus acusadores: “Os responsáveis por essa cidade têm que entender, as autoridades constituídas dessa cidade têm que entender que eu tenho um objetivo e uma decisão tomada na vida. Eu vou continuar batalhando pelas pessoas da minha cidade, achem eles bom ou ruim. Eu fui eleito para isso. Se os servidores estão alguns com quatro meses de salários atrasados, sou eu o culpado?”.

Florêncio também criticou a confraternização dos servidores que trabalham no prédio da prefeitura: “Agora recentemente eles divulgaram fotos da confraternização de meia-dúzia de privilegiados. Estão confraternizando o quê, se a grande maioria tá com salários atrasados. Isso é debochar das pessoas, é rir: Vocês estão mal ai, mas nós estamos bem aqui. É isso que eu não entendo.

EM TEMPO: No final da tarde desta quarta-feira (23) o desembargador Cleones Carvalho Cunha deferiu o pedido de urgência, para suspender a execução da medida liminar pedida pela Juiza da 1º Vara da Comarca de Bacabal.