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CORONA

15 de set. de 2015

Policiais militares são acusados de agir de forma truculenta e impedir trabalho da imprensa em Bacabal

Francisco Carlos acusa policiais
de terem invadido sua casa/comércio.
A relação imprensa/Polícia Militar tem todos os requisitos para ser harmônica, mas em Bacabal tem sido algo difícil de acontecer. Até bem pouco tempo atrás o então comandante do 15º BPM, Coronel Egídio Amaral, e o apresentador Jota Erry (TV Mearim) viviam às turras.

Com a mudança de governo no Estado veio também a troca de comando no batalhão. Assumiu o Tenente-coronel Miguel Neto, que de início já demonstrou certa animosidade com a imprensa, tendo inclusive desativado a Assessoria de Comunicação do 15º BPM que era um relevante elo entre PM/População.

Como consequência vieram sucessivos desencontros de informações ou, muitas vezes, falta delas.

Com o passar do tempo os ânimos foram se acalmando e a relação ficou mais próxima, porém, bastou o caso “Bruna Larissa” ganhar espaço na mídia para o comando e até a Associação de Policiais Militares do Médio Mearim tecer críticas aos profissionais de imprensa que foram taxados de “sensacionalistas”, “aves de rapina” e outros adjetivos.

De lá para cá o próprio Tenente-coronel Miguel Neto vem fazendo o caminho inverso e tentando apaziguar a relação.

Mas, quando tudo parecia remar em águas mansas a favor da corrente, eis que surge outro caso que vem motivando outras desavenças, dessa vez entre parte dos policiais militares e o apresentador Randyson Laércio (TV Difusora).

O princípio de tudo foi uma ocorrência registrada por volta do meio-dia da última sexta-feira (11) onde um jovem, identificado como Marcelo, que conduzia uma motocicleta, foi perseguido pela guarnição da Força Tática após desobedecer à ordem de parada dada pelos policiais.

Para evitar que fosse preso ele empreendeu fuga até o bairro Trizidela, localidade onde reside com seus pais. Como não deu tempo de chegar em casa o jovem abandonou o veículo e adentrou correndo em um outra residência que também funciona um estabelecimento comercial.
Assustada, esposa do proprietário do comércio chora
sem entender o que estava acontecendo.
Francisco Carlos, proprietário do pequeno comércio, reclama que os policias invadiram o imóvel, agrediram com empurrões sua genitora e derrubaram no chão um aparelho de TV, por fim, teriam jogado spray de pimenta no quarto onde o jovem se escondia e que estariam suas filhas.
Aparelho de TV que teria sido jogado no chão pelos PM's.
Diante da situação, um considerado número de populares se aglomerou em frente ao local e também protestou contra a ação dos policiais, considerada por todos como truculenta.

Já no 1º Distrito Policial, Samuel David (TV Difusora), único repórter a acompanhar o caso, foi impedido por um policial militar de entrar na permanência daquela delegacia para registrar a apresentação de Marcelo. As imagens tiveram que ser feitas através do vidro da porta.
Repórter Samuel David sendo impedido de entrar
na delegacia.
Repórter cinematográfico Acelino Barros fazendo
imagens pelo lado de fora do prédio.
Ao deixar a delegacia Marcelo foi encaminhado pelos próprios policias para o Pronto Socorro Municipal onde fez um curativo em um pequeno corte que sofreu no pé, em seguida, retornou para casa.

Segundo seus familiares, ele é habilitado, não ingere bebida alcoólica, nem faz uso de nenhuma substância entorpecente. Afirmam também que a motocicleta está com todos os documentos em dia.

A divulgação do caso na TV Difusora e os comentários do apresentador Randyson Laércio não teriam deixado a tropa satisfeita, e esse é o motivo de mais um desentendimento entre Polícia Militar/Imprensa. ASSISTA ABAIXO A REPORTAGEM:
EM TEMPO: Na noite desta segunda-feira (14) o Tenente-coronel Miguel Neto esteve no bairro Trizidela reunido com alguns moradores no sentido de aparar as arestas.
Então menos mal...