Por Jhone Sousa
O prefeito do município de Corrente, no Piauí,
Jesualdo Cavalcanti Barros, 75 anos, surpreendeu ao apresentar à Câmara
Municipal um projeto de lei que reduz o próprio salário e o da vice-prefeita
pela metade. Enquanto quase todos os prefeitos estavam em Teresina fazendo
protesto por mais verbas, o gestor preferiu cortar de onde podia.
O prefeito que recebia R$ 12 mil de subsídio, deverá
receber agora R$ 6 mil e a vice-prefeita terá seu salário reduzido de R$ 7 para
R$ 3,5 mil.A situação do município de Corrente não é diferente dos demais. A
arrecadação diminuiu 13% no primeiro semestre de 2015, se comparado a 2014.
O projeto de redução do salário ainda não foi
aprovado. O presidente da Câmara, que é oposição ao prefeito, não considerou a
matéria de urgência.
E MAIS
Jesualdo Cavalcanti é escritor e advogado. Já ocupou
os cargos de secretário de estado e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado
do Piauí.
Filho de Sebastião de Souza Barros e Iracema
Cavalcante Barros, é casado com a professora Maria do Socorro Rocha Cavalcanti
Barros. Tem três filhos. Concluiu Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de
Direito do Piauí (Teresina, 1966), tendo, ainda, cursos de pós-graduação
em Administração de Empresas (1967) e Direito Público (1978).
Fundou e dirigiu um escritório de consultoria e
planejamento de administração municipal em Teresina (1967/1979). Integrou o
conselho seccional piauiense da Ordem dos Advogados do Brasil, tendo exercido o
cargo de 1º secretário de sua diretoria (1976/1978).
Foi secretário substituto de Indústria e Comércio
(1975/1978). De 1983 a 1986 exerceu o cargo de secretário de Cultura, Desportos
e Turismo do Piauí. Eleito conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Piauí
pela Assembléia Legislativa, em 1994, presidiu a corte em dois biênios
(1995/1998). Sob sua direção, foi construído o novo edifício-sede do TCE.
Aposentou-se voluntariamente em março de 2002, para
dedicar-se a pesquisas sobre a história do Piauí e ao Centro de Estudos e
Debates do Gurguéia — Cedeg —, entidade voltada para a discussão em torno da
criação do estado do Gurguéia.
É autor dos livros Tempo de Cultura
(1985), O Estado do Gurguéia e outros temas (1995), Notícia do Gurguéia (2002),
Tempo de Tribunal (2003), Memória dos Confins (1ª edição 2005, 2ª edição 2007),
Tempo de Contar (2006), Dicionário Enciclopédico do Gurguéia (2008) e Gurgueia:
Espaço, Tempo e Sociedade (2009). Eleito para a Academia Piauiense de Letras,
tomou posse na cadeira nº 3 no dia 06/08/2010.