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14 de mai. de 2015

CASO SAAE: Votação simbólica impõe a prefeitura derrota vergonhosa e comprova que o povo tem poder

“O Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Bacabal (SAAE), não será cedido, privatizado ou vendido... não existe nenhum projeto ou modelo de proposição a ser encaminhada para a câmara de vereadores objetivando extinguir o órgão”.

Quando o atual diretor do órgão recorreu à imprensa para fazer esse “esclarecimento” talvez tenha sido parte da nova estratégia adotada pelo poder público municipal, interessado no projeto, de acalmar os ânimos da população e da própria imprensa, além de blindar os vereadores que, até então, se mostravam propensos a defender e votar a favor da privatização, concessão ou extinção do SAAE/Bacabal.

Se essa foi mesma a intenção, na sessão ordinária realizada nesta quarta-feira (13) na Câmara Municipal, ficou evidente que não funcionou e, podemos dizer, acabou entornando o caldo de vez.
Como se não bastasse a presença de populares na galeria do legislativo bacabalense protestando contra a idéia, uma votação simbólica colocada em plenário pelo vereador Gleydson Santos (PSD) pegou alguns colegas de calças curtas, mas pôs fim em uma das maiores e mais importantes dúvidas, ou seja, quem seriam os vereadores a favor e quais seriam contra a aprovação de qualquer projeto que visa tirar do município a prestação do serviço de água e esgoto ou a extinção do SAAE.

Como se pode ver no vídeo abaixo, tão somente dois vereadores, Rogério Santos (PPS) e Professor Maninho (PMDB), se mantiveram sentados quando foi solicitado que se levantasse quem fosse contrário o “projeto”.
Como se pressupõe que nosso poder legislativo é composto por homens e mulheres de bem e que não se sujeitariam a brincar com coisa séria, se chega a conclusão que definitivamente foi por água abaixo qualquer que seja a pretensão da prefeitura no que tange a negociar o SAAE.

Na Constituição de 1988, logo no Artigo 1º, parágrafo único, deixa claro: “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.  Portanto, fica a lição para aqueles que imaginam que ainda há espaço em nossa sociedade para a prática do “QUERO, POSSO E MANDO”.

Entretanto, não quero com isso dizer que baixaremos a guarda e não continuaremos vigilantes para esse ou qualquer outro plano sorrateiro que visa tão somente dilapidar o patrimônio público ao bel prazer de quem quer que seja, como se nessa cidade não houvessem cidadãos e cidadãs de bem dispostos a defender, a qualquer custo, o que foi construído com muito suor ao longo de quase um centenário de existência de Bacabal.