Informa Maranhão

Contato: (99) 982173212 - WhatsApp

CORONA

14 de abr. de 2015

Se fosse privatizado, o SAAE não seria o primeiro bem público em Bacabal entregue para benefícios de particulares

Na última sexta-feira (10) representantes do Sindicato dos Urbanitários do Maranhão estiveram em Bacabal reunidos com servidores do SAAE, vereadores e a sociedade civil organizada para tratar de um assunto bastante polêmico que é a suposta concessão do serviço de abastecimento de água e esgoto do município a uma empresa estrangeira sediada em Cingapura.

De acordo com as suposições, esse acordo teria a duração de 30 anos e em troca o município receberia, parcelado, algo em torno de 1 bilhão de reais.

Ainda que a direção da autarquia e a prefeitura de Bacabal nunca tenham se pronunciado oficialmente sobre o assunto e os vereadores digam desconhecer qualquer acordo neste sentido, nas rodas de conversa não se fala em outra coisa, inclusive de uma proposta de suborno que teria sido feita aos edis para que os mesmos aprovassem a negociação. O que se comenta e que também revoltou os parlamentares é que caberia a cada um o valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

Como não se encontrou até o momento ninguém que confirmasse a existência dessa negociação e praticamente toda a sociedade discorde da idéia, principalmente os servidores do SAAE, é provável que se coloque uma pedra sobre o assunto.

Mas, muito embora, alguns tenham ficado surpresos com o fato do município “querer” entregar por tempo determinado ou até quem sabe definitivamente, no caso de uma privatização, um bem público a uma empresa particular, vale lembrar que já fizeram isso antes quando sem uma justificativa lógica “afanaram” vias públicas e as “deram” para particulares, a exemplo do beco “da bosta” que ligava a praça Catulo da Paixão Cearense (onde pouco tempo atrás funcionou o Batuque Show) a avenida Barão do Rio Branco, saindo em frente a Associação Atlética Vanguard.

Pior fizeram, com o aval da Câmara Municipal e do Ministério Público Estadual, transformando um residencial inteiro em um condomínio fechado onde o cidadão só pode ter acesso com a autorização dos moradores. Refiro-me ao Recanto das Palmeiras, área pública que foi toda murada e colocado portão e guarita com vigilância 24 horas, privilégio de bacana à custa do bem público, sem que ninguém diga absolutamente nada...