Na última
sexta-feira (10) representantes do Sindicato dos Urbanitários do Maranhão
estiveram em Bacabal reunidos com servidores do SAAE, vereadores e a sociedade
civil organizada para tratar de um assunto bastante polêmico que é a suposta
concessão do serviço de abastecimento de água e esgoto do município a uma
empresa estrangeira sediada em Cingapura.
De acordo com as
suposições, esse acordo teria a duração de 30 anos e em troca o município
receberia, parcelado, algo em torno de 1 bilhão de reais.
Ainda que a direção
da autarquia e a prefeitura de Bacabal nunca tenham se pronunciado oficialmente
sobre o assunto e os vereadores digam desconhecer qualquer acordo neste
sentido, nas rodas de conversa não se fala em outra coisa, inclusive de uma
proposta de suborno que teria sido feita aos edis para que os mesmos aprovassem
a negociação. O que se comenta e que também revoltou os parlamentares é que caberia
a cada um o valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais).
Como não se
encontrou até o momento ninguém que confirmasse a existência dessa negociação e
praticamente toda a sociedade discorde da idéia, principalmente os servidores
do SAAE, é provável que se coloque uma pedra sobre o assunto.
Mas, muito embora,
alguns tenham ficado surpresos com o fato do município “querer” entregar por
tempo determinado ou até quem sabe definitivamente, no caso de uma
privatização, um bem público a uma empresa particular, vale lembrar que já
fizeram isso antes quando sem uma justificativa lógica “afanaram” vias públicas e as “deram”
para particulares, a exemplo do beco “da bosta” que ligava a praça Catulo da
Paixão Cearense (onde pouco tempo atrás funcionou o Batuque Show) a avenida
Barão do Rio Branco, saindo em frente a Associação Atlética Vanguard.
Pior fizeram, com o
aval da Câmara Municipal e do Ministério Público Estadual, transformando um
residencial inteiro em um condomínio fechado onde o cidadão só pode ter acesso
com a autorização dos moradores. Refiro-me ao Recanto das Palmeiras, área
pública que foi toda murada e colocado portão e guarita com vigilância 24
horas, privilégio de bacana à custa do bem público, sem que ninguém diga
absolutamente nada...