Atendendo a um mandado de prisão
temporária, expedido pela Justiça, Eduardo José Bastos Costa, de 41 anos,
conhecido como “Imperador”, apresentou-se na tarde da quarta-feira (1º), nas
dependências da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC),
onde prestou depoimento à Comissão Combate a Agiotagem.
Juntamente com outros membros da família, dentre eles, a
própria mãe, Arlene Barros Costa, ex-prefeita do município de Dom Pedro, o
“Imperador” é suspeito de liderar um grupo especializado em agiotagem, fraude
em licitações e lavagem de dinheiro.
Das operações criminosas, algo em torno R$ 5 milhões de
reais, em máquinas e carros de luxos, segundo os delegados que apuram o caso,
teriam sido desviados do erário público. Além de “Imperador” e a mãe, um irmão,
um primo e outros envolvidos foram presos na capital e no município de
Imperatriz. “Imperador” foi encaminhado ao Centro de Triagem, em
Pedrinhas.
A “Operação Imperador”, deflagrada em parceria entre a
Polícia Civil e o Ministério Público Estadual, através do GAECO, tem o objetivo
de investigar a participação de prefeitos e agentes públicos no desvio de
recursos públicos em vários municípios maranhenses.
Paralisado desde 2013 o inquérito foi reaberto e garantirá
investigações dos crimes de agiotagem. A reabertura das investigações foi
priorizada, segundo o secretário Jefferson Portela, depois que o governador
Flávio Dino exigiu a imediata retomada das investigações, para que os
envolvidos fossem responsabilizados, no rigor da lei.
“Não tenham dúvida que, nos próximos meses, este trabalho
vai alcançar quem quer que tenha cometido atos de corrupção. A nossa missão é
recambiar de volta aos cofres públicos o que foi saqueado por pessoas
travestidas de gestores públicos, mas que atuavam de forma lesiva e contrária à
sociedade maranhense”, pontuou Jefferson Portela.