Fachada da Unidade de Bacabal. |
A Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação
Popular (SEDIHPOP), junto com a Secretaria de Estado do Trabalho e da Economia
Solidária (Setres), está definindo um plano emergencial para a recuperação da
infraestrutura das unidades do Viva Cidadão. Segundo o que foi repassado à imprensa, iniciou-se um levantamento dos
problemas em cada unidade para definir as ações.
Como
medida inicial, as nove unidades móveis reforçarão os serviços onde houver
maior demanda. A reforma emergencial das unidades é necessária devido ao
sucateamento das estruturas. De acordo com a diretora do Viva Cidadão, Mari
Silva Maia, existem unidades que não recebiam visitas técnicas há mais de dois
anos.
“Estamos
trabalhando para mudar o cenário caótico que encontramos. Essa é uma
preocupação da gestão estadual, garantir o atendimento dos cidadãos”, afirmou a
diretora do Viva Cidadão.
De fato a situação é mesma caótica e em Bacabal chaga a ser desesperadora.
Guichês de atendimento. |
Inaugurada há pouco tempo a Unidade do Viva Cidadão divide
com o escritório da Agerp (Agência Estadual de
Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão) salas de um prédio antigo que
passou por uma reforma apenas de fachada, estando com sua estrutura elétrica e hidráulica
comprometidas e prejudicando a qualidade do atendimento aos cidadãos (cerca de
90 a 100) de Bacabal e das várias cidades
da região que diariamente se deslocam até nosso município. São pessoas idosas, com necessidades especiais e
com crianças de colo passando o maior sufoco, sem sequer ter direito a fazer uso
dos banheiros, todos interditados. É no quintal em meio a carros velhos
abandonados que algumas pessoas se aliviam.
Recepção da Unidade. |
Quintal que está sendo usado como banheiro improvisado. |
Sejam sentados na apertada
recepção ou em pé nas longas filas que se formam na parte exterior da Unidade,
quem necessita tirar seus documentos pessoais pela primeira vez ou substitui-los, não
tem vida fácil. Dificuldade maior ainda enfrentam os próprios servidores.
Devido a transição
de governo, supervisores e coordenadores tiveram seus contratos encerrados e
deixaram o órgão, assim como, por exemplo, os zeladores, o que resultou num acumulo de problemas.
Para se ter uma
ideia, falta do cafezinho ao saco de lixo e a sobrecarga na rede elétrica do
imóvel (já alertada pela Cemar) põe em risco a estrutura da Unidade e, pior, a vida dos seus bravos servidores.
Guichês sem atendimento por falta de iluminação. |
Improviso
Na sexta-feira (30) o
atendimento ao público que deveria se iniciar às 8h da manhã só começou três horas
depois em consequência da necessidade da troca do reator de uma das lâmpadas florescentes
da sala onde ficam os 4 guichês. Sem recursos para manutenção a saída foi
apelar para a caridade de uma repartição do município que cedeu o aparelho indutor e do eletricista Evandro, vizinho do prédio,
que disponibilizou parte do seu tempo para fazer o serviço voluntariamente.
Eletricista voluntário fazendo a substituição do reator. |
Uma boa iluminação na sala onde se procede a emissão dos documentos é indispensável para não comprometer a qualidade das fotografias que são tiradas na hora.
Sacrifício
Enquanto isso, o administrador
de fazenda Temístocles Soares Lima, de 37 anos, que havia saído de Altamira do Maranhão
às 3 horas da madrugada, ainda aguardava na fila e logo atrás dele a idosa Antônia
Fontes da Silva, de 67 anos, moradora do povoado Piratininga,
zona rural de Bacabal, também se mostrava cansada e ansiosa para ser atendida.
A expectativa agora
é que na gestão Flávio Dino o Viva Cidadão faça jus ao seu slogan:
"facilitando sua vida".