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4 de fev. de 2015

Unidade do Viva Cidadão de Bacabal é um caos; Estado promete melhorias

Fachada da Unidade de Bacabal.
A Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (SEDIHPOP), junto com a Secretaria de Estado do Trabalho e da Economia Solidária (Setres), está definindo um plano emergencial para a recuperação da infraestrutura das unidades do Viva Cidadão. Segundo o que foi repassado à imprensa, iniciou-se um levantamento dos problemas em cada unidade para definir as ações.

Como medida inicial, as nove unidades móveis reforçarão os serviços onde houver maior demanda. A reforma emergencial das unidades é necessária devido ao sucateamento das estruturas. De acordo com a diretora do Viva Cidadão, Mari Silva Maia, existem unidades que não recebiam visitas técnicas há mais de dois anos.

“Estamos trabalhando para mudar o cenário caótico que encontramos. Essa é uma preocupação da gestão estadual, garantir o atendimento dos cidadãos”, afirmou a diretora do Viva Cidadão.

De fato a situação é mesma caótica e em Bacabal chaga a ser desesperadora.
Guichês de atendimento.
Inaugurada há pouco tempo a Unidade do Viva Cidadão divide com o escritório da Agerp (Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão) salas de um prédio antigo que passou por uma reforma apenas de fachada, estando com sua estrutura elétrica e hidráulica comprometidas e prejudicando a qualidade do atendimento aos cidadãos (cerca de 90 a 100)  de Bacabal e das várias cidades da região que diariamente se deslocam até nosso município. São pessoas idosas, com necessidades especiais e com crianças de colo passando o maior sufoco, sem sequer ter direito a fazer uso dos banheiros, todos interditados. É no quintal em meio a carros velhos abandonados que algumas pessoas se aliviam.
Recepção da Unidade.
Quintal que está sendo usado como
banheiro improvisado.
Sejam sentados na apertada recepção ou em pé nas longas filas que se formam na parte exterior da Unidade, quem necessita tirar seus documentos pessoais pela primeira vez ou substitui-los, não tem vida fácil. Dificuldade maior ainda enfrentam os próprios servidores.
Idoso cadeirante aguardando atendimento
na recepção apertada.
Devido a transição de governo, supervisores e coordenadores tiveram seus contratos encerrados e deixaram o órgão, assim como, por exemplo, os zeladores, o que resultou num acumulo de problemas.

Perigo

Para se ter uma ideia, falta do cafezinho ao saco de lixo e a sobrecarga na rede elétrica do imóvel (já alertada pela Cemar) põe em risco a estrutura da Unidade e, pior, a vida dos seus bravos servidores.
Guichês sem atendimento por falta de iluminação.
Improviso

Na sexta-feira (30) o atendimento ao público que deveria se iniciar às 8h da manhã só começou três horas depois em consequência da necessidade da troca do reator de uma das lâmpadas florescentes da sala onde ficam os 4 guichês. Sem recursos para manutenção a saída foi apelar para a caridade de uma repartição do município que cedeu o aparelho indutor e do eletricista Evandro, vizinho do prédio, que disponibilizou parte do seu tempo para fazer o serviço voluntariamente.
Eletricista voluntário fazendo a
substituição do reator.
Uma boa iluminação na sala onde se procede a emissão dos documentos é indispensável para não comprometer a qualidade das fotografias que são tiradas na hora. 

Sacrifício

Enquanto isso, o administrador de fazenda Temístocles Soares Lima, de 37 anos, que havia saído de Altamira do Maranhão às 3 horas da madrugada, ainda aguardava na fila e logo atrás dele a idosa Antônia Fontes da Silva, de 67 anos, moradora do povoado Piratininga, zona rural de Bacabal, também se mostrava cansada e ansiosa para ser atendida.

A expectativa agora é que na gestão Flávio Dino o Viva Cidadão faça jus ao seu slogan: "facilitando sua vida".