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6 de jun. de 2014

DEU NO JN: Governo de Cuba fica com mais de 70% dos salários dos 11,1 mil médicos cubanos que participam do "Mais Médico" no Brasil

Na edição do Jornal Nacional (Rede Globo) desta quarta-feira (2) foi ao ar uma reportagem sobre mais dois cubanos que anunciaram que abandonaram o programa Mais Médicos, do governo federal.
Raul Vargas e Okanis Borrego trabalhavam desde o final do ano passado em Senador José Porfírio, no Pará. Saíram na última segunda-feira (2) da cidade, depois de pedir e receber ajuda da Associação Médica Brasileira (AMB) para conseguir os documentos de refugiados. A AMB afirma que eles viviam sem liberdade de ir e vir.
“Eles têm um chefe de missão que precisa ser comunicado se eles vão receber um amigo ou um familiar. Não têm as liberdades que nós brasileiros temos de ir e vir, falar o que quiser”, diz o presidente da AMB, Florentino Cardoso.
Os dois médicos reclamam da diferença do salário deles em relação aos outros profissionais do programa.
O governo brasileiro paga R$ 10 mil para cada médico do programa Mais Médicos. No caso dos cubanos, o valor gasto pelo governo é o mesmo (R$ 10 mil), mas os médicos recebem R$ 2,9 mil. A diferença vai para o governo cubano.
Segundo Raul e a colega, os médicos cubanos que estão trabalhando no Brasil não receberam o salário de março. Eles querem ficar no Brasil, trabalhando como médicos, mas, para exercer a Medicina fora do programa Mais Médicos, eles precisam ser aprovados em um exame para revalidar o diploma no Brasil.
Segundo o Ministério da Saúde, o programa Mais Médicos tem 11,1 mil cubanos. Desde que o programa começou, no ano passado, 14 abandonaram o trabalho sem uma justificativa.
Sobre as acusações da Associação Médica Brasileira, o Ministério da Saúde declarou, em nota, que os profissionais cubanos não sofrem qualquer tipo de coerção por parte do governo e que o Brasil respeita as liberdades individuais de brasileiros e de estrangeiros.