Os irmãos Fernando Sousa (em pé) e Francisco Carlos também aderiram a paralisação |
“Retorno ao convívio harmonioso desta unidade hospitalar, com a inspiração e proteção de Deus, haverei de cumprir e vencer mais esta árdua tarefa de vida profissional.”
Quando em sua página de relacionamento o médico e vereador
Fernando Sousa comemorou o seu retorno ao Pronto Socorro Municipal, o Socorrão,
após 8 anos afastado, ele não devia imaginar que a situação naquela casa de
saúde era a mesma do passado ou até pior.
A postagem foi feita no dia 02 de maio desse ano. Um mês e
quatro dias após ele não pensa igual, pois o mesmo encabeça a lista de
dezoito médicos que cruzaram os braços em protesto a Secretaria Municipal de
Saúde que durante uma reunião realizada ontem (5) comunicou que baixaria o
valor pago por um plantão.
O médico Francisco Carlos, irmão de Fernando Sousa, também foi recrutado pela Secretaria de Saúde, mas esse nem teve tempo de esquentar a cadeira do consultório.
Pelo que foi repassado aos médicos, o valor cairia de R$
2.000,00 para R$ 1.500,00. Ainda como justificativa de conter gastos foi decidido
também que apenas um médico por dia tiraria os plantões, e não dois como vinha
ocorrendo.
A recusa foi unânime.
Os médicos plantonistas alegam que a proposta é indecorosa,
afinal, municípios que recebem recursos muito inferiores aos repassados à
Bacabal pagam melhor, como é o caso de Conceição do Lago Açu. Na cidade de
apenas 14.436 habitantes, os
médicos recebem R$ 2.000,00 por plantão.
Para evitar que o Pronto Socorro Municipal
fosse obrigado a fechar as portas nessa quinta-feira (6) o secretário de saúde
Hidalgo Leda pediu socorro a dois médicos. Um deles o próprio Fernando Sousa
que neste momento se encontra tirando plantão. No entanto,
os dois só aceitaram ‘tapar o buraco’ pelo valor que estava sendo pago, ou
seja, R$ 2.000,00.
Como amanhã é um novo dia, até o final da
tarde de hoje, deveremos ter novidades...
EM
TEMPO: A situação já se agravou.
Os 12 médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também
aderiram à paralisação pelo mesmo motivo.