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6 de jun. de 2013

Médicos plantonistas do Socorrão de Bacabal cruzam os braços

Os irmãos Fernando Sousa (em pé) e Francisco Carlos
também aderiram a paralisação
“Retorno ao convívio harmonioso desta unidade hospitalar, com a inspiração e proteção de Deus, haverei de cumprir e vencer mais esta árdua tarefa de vida profissional.

Quando em sua página de relacionamento o médico e vereador Fernando Sousa comemorou o seu retorno ao Pronto Socorro Municipal, o Socorrão, após 8 anos afastado, ele não devia imaginar que a situação naquela casa de saúde era a mesma do passado ou até pior.

A postagem foi feita no dia 02 de maio desse ano. Um mês e quatro dias após ele não pensa igual, pois o mesmo encabeça a lista de dezoito médicos que cruzaram os braços em protesto a Secretaria Municipal de Saúde que durante uma reunião realizada ontem (5) comunicou que baixaria o valor pago por um plantão.

O médico Francisco Carlos, irmão de Fernando Sousa, também foi recrutado pela Secretaria de Saúde, mas esse nem teve tempo de esquentar a cadeira do consultório.

Pelo que foi repassado aos médicos, o valor cairia de R$ 2.000,00 para R$ 1.500,00. Ainda como justificativa de conter gastos foi decidido também que apenas um médico por dia tiraria os plantões, e não dois como vinha ocorrendo.

A recusa foi unânime.

Os médicos plantonistas alegam que a proposta é indecorosa, afinal, municípios que recebem recursos muito inferiores aos repassados à Bacabal pagam melhor, como é o caso de Conceição do Lago Açu. Na cidade de apenas 14.436 habitantes, os médicos recebem R$ 2.000,00 por plantão.

Para evitar que o Pronto Socorro Municipal fosse obrigado a fechar as portas nessa quinta-feira (6) o secretário de saúde Hidalgo Leda pediu socorro a dois médicos. Um deles o próprio Fernando Sousa que neste momento se encontra tirando plantão. No entanto, os dois só aceitaram ‘tapar o buraco’ pelo valor que estava sendo pago, ou seja, R$ 2.000,00.

Como amanhã é um novo dia, até o final da tarde de hoje, deveremos ter novidades...

EM TEMPO: A situação já se agravou. Os 12 médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também aderiram à paralisação pelo mesmo motivo.