A atuação dos nossos vereadores, sem nenhuma
exceção, é muita abaixo das nossas expectativas. Muito embora tenha jovens
promessas da política bacabalense, a atual legislatura repeti os mesmos erros
das “velhas raposas” que ainda estão por lá, e as que passaram.
As decepções começaram já no primeiro dia do ano.
Sem qualquer “cerimônia” dezesseis
dos dezessete vereadores inacreditavelmente deixaram que o executivo
escolhesse por eles os atuais integrantes da nova mesa diretora da câmara.
Longe de exercerem a independência que deveriam ter nossos representantes no
legislativo ainda se submeteram a outros caprichos do executivo, como por
exemplo, eleger a “marinheira de primeira viagem” Regilda Santos para comandar
a casa que elabora
as leis que são da competência do município e fiscaliza os gastos da
prefeitura e a atuação do prefeito, por “coincidência” o mesmo que “convenceu”
os fiscais do povo a votar em um nome da sua escolha.
O
resultado dessa subserviência está aí. Um poder legislativo sem o respaldo da
população e sem o respeito dos demais poderes.
Ao
acordarem um Termo de Ajustamento de Conduta para deliberar regras aos
proprietários de bares, casas de shows, paredões e promotores de eventos. O
Ministério Público e as Polícias Civil e Militar simplesmente ignoraram os
verdadeiros responsáveis por essas atribuições.
Para
piorar, demonstrando total desconhecimento de causa ou agindo de caso pensado,
todos os vereadores corroboraram com as arbitrariedades cometidas por essas
instituições, ou seja, o TAC que determina o horário de bares e casas de shows,
entre outros pontos, continuará sendo posto em prática mesmo sem o amparo da
lei, que segundo os próprios edis, só será criada em aproximadamente 90 dias.
Que
algumas partes desse Termo de Ajustamento de Conduta são extremamente
necessárias, isso é indiscutível, mas só deixarão de serem atos ilegais após a
criação da lei.
Moção de Repúdio
Como
se a inoperância diante de tantos problemas que afligem nossa cidade não fosse
suficiente, nossos vereadores se sujeitaram a assinar uma Moção de Repúdio ao
apresentador Jota Erre, da TV Mearim. No documento que conta com o aval de
todos os dezessete representantes do povo, a presidenta alega que o mesmo
proferiu vocábulos ofensivos à integridade moral do Poder Legislativo.
Mas
quem deve mesmo se sentir ofendida é a população. Afinal, é triste ter que
assistir esses cidadãos e cidadãs muito bem pagos pelo povo servindo de meros
paus mandado daquele que deveriam fiscalizar.